Por vacina, comida e auxílio emergencial, bancários participam do ato #600ContraFome

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Se o povo precisa ir às ruas protestar pela vida enquanto circula um vírus que já matou mais de 450 mil pessoas, é porque o governo ameaça e é muito mais perigoso. E foi contra todos os riscos que Jair Bolsonaro representa para os brasileiros e brasileiras que trabalhadores das mais distintas categorias fizeram grande ato nesta quarta-feira (26), na Esplanada dos Ministérios, pedindo vacina para todos, comida no prato e auxílio emergencial decente.

Apoiada por parlamentares, movimentos sociais e pela juventude, a classe trabalhadora exigiu respeito do governo federal ao povo brasileiro e à coisa pública, fortemente ameaçada pelo projeto privatista de Bolsonaro, Paulo Guedes e sua equipe econômica. A atividade, que teve início às 10h, foi convocada e conduzida pela CUT-DF e demais centrais sindicais.

Bancárias e bancários engrossaram o ato na capital federal. Diretores do Sindicato e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) estamparam cartazes e faixas cobrando vacinação para todos e todas, além de reivindicarem atenção à categoria que, em meio à crise, se expõe para atender a população.

“Os bancários compõem esse ato nacional unificado para denunciar à população o que está sendo promovido pelo governo Bolsonaro no momento de extrema fragilidade e vulnerabilidade por que passa o Brasil. Enquanto as estatísticas só aumentam, com milhares de vidas perdidas e pessoas contaminadas pela covid, o governo passa a boiada e retira cada vez mais o povo do orçamento público. Estamos sendo usurpados, nossas condições de trabalho estão cada vez mais precarizadas e as empresas do povo brasileiro atacadas”, listou o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

Deputada federal e bancária aposentada da Caixa, Erika Kokay falou durante o ato. Em sua exposição, Kokay destacou que a manifestação “é em defesa da vida e do Brasil que eles querem arrancar do povo brasileiro. A luta também é contra este desgoverno cujo palanque foi construído pelo ódio. Vamos arrancar a faixa presidencial que hoje está sob o peito estufado do fascismo”. A parlamentar alertou sobre a privatização dos bancos públicos e de empresas como a Eletrobras como parte do projeto de destruição do país.

No gramado da Esplanada, os manifestantes dispuseram três carrinhos de supermercado, cada um representando o poder de compra dos três valores de auxílios repassados aos brasileiros. O que se compra com o valor ínfimo de R$ 150, com as remarcações constantes dos alimentos da cesta básica, é uma clara tentativa de matar as pessoas de covid e de fome.

Os representantes das centrais sindicais serão recebidos pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para entrega da agenda de mobilização e luta que pede a votação em regime de urgência para aumento do valor do auxílio emergencial de R$ 150 para R$ 600 até o fim da pandemia no país.


Joanna Alves
Do seeb Brasília