Fome e desemprego são algumas das consequências da política econômica genocida de Jair Bolsonaro. Quanto à inflação, de acordo com os indicadores de conjuntura do mês de abril, mapeados pela subseção do Dieese Bancários-DF, há uma alta generalizada em diversos setores da economia, puxada principalmente pela alta do dólar e dos alimentos.
O resumo dos indicadores destaca ainda a queda expressiva de 11% no setor de serviços e de 15,1% no setor de comércio no Distrito Federal. Para a economista do Dieese Nádia Vieira de Souza, os números negativos se devem às necessárias medidas de isolamento social, em virtude da pandemia. “Entretanto, é importante salientar que, se a população tivesse acesso à renda mínima, o impacto nesses setores seria bem menor”, frisa Nádia.
A curva intensa da inflação acumulada nos últimos 12 meses, por data-base, também merece destaque. Em abril do ano passado, quando o Brasil já enfrentava as consequências da maior crise sanitária, social e econômica das últimas décadas, a inflação estava em 3,3%. Depois de apenas duas quedas, a inflação em abril de 2021 está próxima dos 7%.
Outro aspecto relevante do resumo de indicadores diz respeito ao desemprego. Grande parte da população brasileira sofre com a falta de renda e de trabalho. A taxa de subutilização, por exemplo, revela que 1 em cada 3 pessoas que gostariam de ter um trabalho está desocupada, subocupada por insuficiência de horas trabalhadas ou desalentada.
“Com esse dado, fica evidente que o efeito cascata está imperando. Sem dinheiro, o povo não consome. Sem consumo, os setores de serviços e comércio também sofrem. O governo federal poderia atuar em várias frentes para evitar impactos tão negativos na economia, mas, como podemos observar pela condução desastrosa do combate à pandemia do novo coronavírus, proteger socialmente os brasileiros não está entre as prioridades de Bolsonaro”, aponta o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.
Joanna Alves
Do Seeb Brasília
