Novas tecnologias são debatidas no 1º Congresso Regional dos Funcionários do BB e Caixa da Fetec-CUT/CN

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Funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal do Centro Norte tiveram a oportunidade de debater encaminhamentos e propostas específicas da categoria durante o 1º Congresso Regional da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro (Fetec-CUT/CN), realizado em 24 de maio, em Brasília. Os trabalhadores também participaram de painéis sobre novas tecnologias de trabalho bancário e conjuntura política.

 
“É importante a união e conhecimento do nosso contexto político e econômico para estarmos em unidade na mobilização por conquistas e avanços mais uma vez. A interação com outras categorias fortalecerá nossa luta e será essencial no contexto que estamos inseridos”, afirmou o presidente da Fetec-CUT/CN, José Avelino, na abertura do Congresso.
 
O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Miguel Pereira, fez a exposição do painel “Novas Tecnologias e Trabalho Bancário”. O destaque do painel é que os bancários da atualidade estão inseridos em verdadeiras vitrines de negócios nas instituições financeiras, que possuem alto número de terceirização e incentivo à tecnologia.
 
Investimento em tecnologia e terceirização
De acordo com dados da pesquisa Febraban de Tecnologia 2013, os bancos estão atentos à evolução tecnológica e investem pesado no setor. As instituições financeiras no Brasil gastaram US$ 10,4 bilhões em tecnologia em 2012.
 
Por outro, a pesquisa também revelou o crescimento da terceirização nos bancos. O aumento dos terceirizados no país foi de 1.001%, entre 2003 e 2013, passando de 36.474 para 405.248 correspondentes bancários, de acordo com o Banco Central. Em 2014,  a previsão é que cheguem a 450 mil correspondentes.
 
“A ideia dos bancos de que os correspondentes bancários são uma boa opção para o país devido à inclusão e bancarização das regiões necessitadas é uma falácia. Os dados mostram que a terceirização se concentra mais na região Sudeste, que já tem o maior número de bancos. Enquanto isso, a região Norte continua  com baixo atendimento bancário”, afirmou Miguel Pereira. No Sudeste estão 47% dos correspondentes, enquanto o Norte concentra apenas 4%.
 
Terceirização

Tanto a lei 12.865/2013 – que regulamenta os meios de pagamento eletrônicos e permite transações através de celulares sem a necessidade de uma conta bancária – quanto as diversas regulamentações do Banco Central  autorizam a terceirização dos serviços bancários, inclusive para locais que essencialmente não exercem a atividade bancária, como lojas de eletrodomésticos, telefonia, lotéricas, entre outras.
 
A terceirização pode causar diversos impactos, como a demissão de  bancários, aumento de estresse e assédio moral. Além disso, clientes e usuários ficam expostos a trabalhadores que ganham pouco, não recebem treinamento adequado e ainda são submetidos a péssimas condições de trabalho.  
 
Veja aqui a íntegra da apresentação.
 
Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília

fetec-centro-norte.pdf