Mulheres sindicalistas e militantes se unem para combater a violência

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Serão 21 dias de muita mobilização e ativismo pelo fim da violência contra a mulher. Assim definiu o coletivo de mulheres trabalhadoras da CUT Brasília em parceira com movimentos sociais, em plenária realizada nesta sexta (22). As diversas atividades unificadas, que incluem panfletagens, debates e outras inúmeras ações, têm como principal objetivo conscientizar a população quanto aos diversos tipos de agressões sofridas pelo público feminino.

Mundialmente, a campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher se inicia em 25 de novembro – Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. Já no Brasil, para destacar a dupla discriminação vivida pelas mulheres negras, a realização tem início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Antes, porém, em 10 de outubro, Dia de Luta por Creches, os movimentos farão um esquenta com uma atividade lúdica, no Areal, região administrativa com maior déficit em vagas. A ação envolve a distribuição de uma cartilha, além de cobrar mais políticas públicas do Governo do Distrito Federal.

“Essa é uma ação extremamente importante, pois reivindicaremos soluções que atenderão tanto as mães, quanto as crianças. A partir da implementação de creches, as mulheres terão autonomia para o trabalho”, destaca a secretária de Mulheres da CUT Brasília, Sônia Queiroz.

As outras atividades acontecem também em datas emblemáticas. Em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, uma panfletagem denunciará as adversidades enfrentadas pela mulher negra no dia a dia. A movimentação de 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, se estende a outros dias e leva o debate do tema às regiões administrativas. Já em 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra o HIV/AIDS, a mesma ação distribuirá preservativos femininos e alertará o público para a importância da prevenção.

Em 6 de dezembro, Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (Laço Branco), acontece o lançamento da cartilha produzida pela CUT Brasília sobre assédio moral e sexual no local de trabalho. A mobilização também é realizada virtualmente, onde, por meio de vídeos curtos, militantes e sindicalistas explicarão a necessidade de levar o debate sobre o tema a diante.

Em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, os sindicatos e movimentos que participam da campanha, divulgarão em seus sites e redes sociais a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O objetivo é desmistificar controvérsias em torno do tema. Outra deliberação importante é a realização do Teatro dos Oprimidos nos sindicatos.

Todas as mobilizações serão realizadas em conjunto com a Secretaria de Política Social, de Saúde do Trabalhador, Relações de Trabalho e de Combate ao Racismo da Central e abordarão outros temas, como a privatização das estatais e campanha da CUT para anulação da reforma trabalhista.

“Por meio de todas essas ações, queremos atingir o maior número de pessoas possível. São atividades que, por serem unificadas, darão mais peso e conscientizarão muita gente. Nosso objetivo é sensibilizar todo o conjunto da sociedade”, finaliza Sônia.

Fonte: CUT Brasília