Lucro do Itaú chega a R$ 8,117 bilhões no 1º semestre de 2020

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O Banco Itaú obteve um Lucro Líquido Recorrente de R$ 8,117 bilhões no 1º semestre de 2020, com queda de 41,6% em relação ao mesmo período de 2019. O lucro apenas do 2º trimestre foi de R$ 4,205 bilhões, alta de 7,5% na comparação com o primeiro trimestre do ano.

De acordo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados do relatório apresentado pelo banco na manhã desta terça-feira (4), ao final do 1º semestre de 2020, a holding contava com 84.343 empregados no país, com fechamento de 818 postos de trabalho em 12 meses.

“Mesmo com esse lucro exorbitante de mais de R$ 8 bilhões, graças ao empenho e esforço de todos os funcionários, em 12 meses, foram fechadas 177 agências físicas (sendo uma no trimestre) e não foi aberta nenhuma agência digital, totalizando 3.155 e 196, respectivamente”, observa Washington Henrique, diretor da Fetec-CUT/CN e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

No trimestre, porém, houve um saldo positivo de 2.236 novos postos de trabalho no banco, em função de contratações para a área de TI e do ‘compromisso de manutenção dos empregos durante a pandemia’. Deste total, 1.448 empregados da Zup (empresa de tecnologia adquirida em outubro de 2019) passaram a compor o quadro do banco.

Sinais de melhora

De acordo com o banco, este resultado reflete sinais de melhora no 2º trimestre de 2020, que gerou menores provisionamentos em relação ao 1º trimestre (queda de 27,3%). No acumulado do semestre, no entanto, as despesas de PDD tiveram alta de 111,2% em relação ao primeiro semestre de 2019.

A margem financeira com clientes recuou no trimestre, dentre outros fatores, em função da menor representatividade da carteira de pessoas físicas e maior participação da carteira de grandes empresas e de menores taxas de juros sobre capital de giro próprio. Diante disso, a rentabilidade (retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) caiu 10,5 pontos percentuais em doze meses, ficando em 13,1% (no Brasil ficou em 13,2%, com queda de 11,6 p.p.).

Um item com forte impacto nos resultados do banco foi a conta de impostos e contribuições, que passou de uma despesa de, aproximadamente, R$ 6,4 bilhões para uma receita de R$ 14,4 bilhões, devido à entrada de créditos tributários, revertendo o resultado negativo antes dos impostos, de R$ 8,7 bilhões.

A carteira de crédito do banco cresceu 20,3% em 12 meses e 2,9% no trimestre, atingindo R$ 811,3 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 2,9% em relação a junho de 2019, chegando a R$ 228,0 bilhões, com destaque para crédito pessoal (+14,2%), veículos (+13,2%) e crédito imobiliário (+11,0%).

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 0,5% em 12 meses, totalizando R$ 19,2 bilhões. As despesas de pessoal, por sua vez, caíram 2,4%, somando R$ 11,7 bilhões. Com isso, a cobertura destas pelas receitas secundárias do banco foi de 164,1% no período.