Grileiros bloqueiam acesso à água e comida em ocupação do MST no DF

Desde o último sábado (30), 300 famílias do MST estão sem acesso à água e comida devido ao bloqueio de grileiros a uma via de acesso em Planaltina

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Cerca de 300 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão sem acesso à água e comida desde o último sábado (30) devido à ação de grileiros, que bloquearam a via de acesso à uma ocupação na região do núcleo rural Rio Preto, em Planaltina, no Distrito Federal.

Segundo o MST, os grileiros, que portam armas de fogo, estacionaram um trator para impedir o tráfego na estrada, que é pública, e ameaçam qualquer pessoa que tenta passar pela via. Policiais chegaram a ir ao local, mas nada fizeram para retirar dali os grileiros com seu trator.

Pertencente ao poder público, a área ocupada é alvo de especulação imobiliária por parte de grileiros. Já os sem terra reivindicam o terreno para a retomada de novos assentamentos da reforma agrária, com a transformação da área em um território de produção de alimentos saudáveis, com a preservação ambiental, geração de renda e condições de vida digna para as famílias da ocupação.

“Há anos estas fazendas são exploradas e vendidas ilegalmente por setores do agronegócio da região, cumprindo um papel que estimula a grilagem de terras públicas no Distrito Federal”, disse Adonilton Rodrigues, da direção estadual do MST.

Conforme o coordenador, muitas dessas invasões são feitas por grileiros, que buscam se beneficiar de uma política de regularização fundiária que não segue procedimentos muito bem definidos. Eles invadem as terras públicas e ficam à espera de regularização fundiária realizada pelo governo do Distrito Federal.

Com a regularização, ou diante da sua iminência, eles especulam estas terras, vendendo ou arrendando a preços elevados.Está previsto para a manhã desta terça-feira (3), a partir das 9h, um ato político em solidariedade às famílias da ocupação. A atividade será na própria ocupação e reivindicará a garantia dos direitos das famílias de acesso à água e a alimentos e mantimentos.

Fonte: Rede Brasil Atual