Funcionalismo pressiona e PLC do Espanto não entra na pauta de votação

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Após forte pressão e articulação do movimento sindical, o PLC do Espanto e seus substitutivos ficaram fora da pauta de votação da Câmara Legislativa nesta terça (19), mesmo com a derrubada da liminar que suspendia sua tramitação. A votação do Projeto de Lei Complementar 122/2017, que reforma a Previdência dos servidores do Distrito Federal, deve ocorrer na próxima semana.

Os sindicalistas consideraram este adiamento uma vitória para a categoria. “Somos contrários a qualquer projeto, ou iniciativa, que possa colocar em risco a aposentadoria dos servidores públicos. Mais uma vez, demonstramos a este governo a força dos trabalhadores. Fizemos uma grande campanha contra o desmonte da Previdência no Distrito Federal e o reflexo é essa trégua para intensificarmos a luta contra os desmandos de Rollemberg”, explicou a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa.

Para a dirigente, esse projeto é apenas uma fração dos ataques que se avizinham contra o funcionalismo do DF. “A medida é apenas uma amostra do que pretendem fazer com o serviço público distrital, precisamos reagir ainda mais. Portanto, continuaremos na luta para garantir os direitos dos trabalhadores”, garantiu.

Durante toda a tarde, centenas de servidores de diversas categorias permaneceram em frente à Câmara Legislativa. Temendo a possibilidade de uma votação arbitrária, os trabalhadores ocuparam o plenário da Casa e com palavras de ordem pressionaram para que a votação não ocorresse.

A vice-presidenta da CUT Brasília, Meg Guimarães, participou de toda a movimentação e valorizou a resistência da categoria. “Reafirmamos nosso posicionamento contrário a esta medida. Não aceitaremos que o governo abra a nossa Previdência para o mercado financeiro. Por isso, estaremos nos mobilizando e organizando a luta em defesa dos direitos de todo o funcionalismo público”, disse.

Já o secretário de políticas sociais do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Gabriel Magno, repudiou a tentativa de desmonte do Iprev. “Precisamos lutar para barrar este projeto tão danoso para o serviço público e para população. Juntar o saldo atual do fundo superavitário ao deficitário é uma forma encontrada pelo governo de esconder o rombo já existente e se omitir de pagar essa conta”, explicou.

Nesta quarta (20), a mobilização continua e os trabalhadores voltam a se reunir em comissão geral na CLDF para debater a proposta. O encontro está marcado para as 15h.

Fonte: CUT Brasília