Fenaban dará resposta ao Comando Nacional em até 24h sobre testes de Covid-19

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Na rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, nesta terça-feira (30), os bancos ficaram de dar resposta à representação dos trabalhadores em até 24h sobre realização de testes de Covid-19.

O Sindicato e demais integrantes do Comando reivindicam a testagem em massa como forma controle e prevenção ao contágio pelo coronavírus. O trabalho bancário é considerado essencial e expõe os trabalhadores ao alto risco de contaminação.

A discussão acerca da decisão da Seção Especializada de Dissídios Coletivos do TRT-15, que concedeu liminar à Ação Civil Pública movida pelo Sindicato dos Bancários de Guaratinguetá determinando a realização dos testes, foi recusada pela Fenaban.

Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, a postergação do assunto pelos banqueiros é injustificável, por se tratar de uma demanda apresentada há um bom tempo, antes mesmo da sua judicialização.

“Na reunião desta terça-feira, fomos enfáticos na necessidade de um posicionamento tempestivo dos bancos e asseguramos esse compromisso de que a resposta virá em 24h. Que seja uma resposta que corresponda às expectativas de todos nós, bancários e bancárias, que estamos na linha de frente do enfrentamento ao coronavírus”, frisou o dirigente.

Complementação de auxílio doença

O Comando Nacional dos Bancários voltou a cobrar o cumprimento da cláusula 29 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que está sendo descumprida pelos bancos Santander e Bradesco. A Fenaban alegou que não pode definir posição sobre o assunto por estar focada na questão dos testes.

A cláusula 29 trata da complementação de auxílio doença previdenciário. O problema surgiu após alterações nas regras da concessão de benefícios previdenciários –conforme a lei 13.982– que garante somente o direito a uma antecipação do auxílio doença no valor de um salário mínimo mensal (R$ 1.045,00) por três meses, durante a pandemia.

“Essa é outra protelação inadmissível, porque os trabalhadores afastados enfrentam sérias dificuldades quando a complementação deixa de ser feita. Cobramos urgência também na resposta a essa exigência de cumprimento da cláusula 29 pelo Santander e pelo Bradesco”, enfatiza Kleytton.

A presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, lembra que o espírito da cláusula é o de assegurar a irredutibilidade dos salários em momento de incapacidade laborativa, justamente quando se encontra em condição de vulnerabilidade. “Com a Covid-19, aumenta a necessidade dessas garantias, pois muitos bancários estão sendo acometidos pela doença e precisam dessa tranquilidade de não perder renda”, diz ela.

Da Redação com Contraf-CUT