Fenaban apresentará proposta de protocolo mínimo de segurança contra a pandemia

Representantes dos bancos se comprometem com Comando Nacional dos Bancários a formular proposta nacional de segurança

0

Representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se comprometeram nesta segunda-feira (12) com o Comando Nacional dos Bancários a apresentarem uma proposta de protocolo mínimo de segurança contra a covid 19. O compromisso foi assumido na reunião que discutiu medidas de proteção da categoria diante do crescimento do contágio da Covid 19.

“Acertamos que vamos fazer um protocolo nacional mínimo, fundamental nesse momento de agravamento da pandemia. É importante que os bancos padronizem seus protocolos. Como até agora não havia clareza de um padrão, acabava ficando nas mãos dos gestores as medidas de proteção. Com um protocolo nacional, podemos analisar na ponta, nas agências, se tudo isso que estamos conversando está sendo aplicado”, avaliou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando.

“Não podemos admitir a insensibilidade de parte do setor dos bancos que se contrapõe à implementação das barreiras acrílicas com argumento de que afetaria a estética, o layout das unidades. Isso é um completo absurdo e mais, podemos dizer, uma total irresponsabilidade perante a vida do outro”, dispara o presidente do Sindicato, Kleytton Morais. O dirigente, que representa os bancários de Brasília no Comando Nacional dos Bancários, ainda denuncia como gravíssima a postura dos bancos em exigir que os gerentes façam visitas aos clientes.

No momento mais crítico da pandemia, com o crescente número de óbitos e o aumento do número de casos na própria categoria, a adoção e fortalecimento de protocolos são cruciais. Aquisição de máscaras adequadas, como a N95, estabelecimento do rodízio, ampliação do home office e exigência do cumprimento dos protocolos aos prestadores terceirizados em bancos são requisitos obrigatórios, pois são medidas que podem salvar vidas.

Kleytton destaca ainda que “o Comando Nacional reivindicou informações sobre número de infectados, em tratamento, sequelados ou que vieram a óbito. Estas informações são importantes para que possamos avaliar a efetividade das ações adotadas, da mesma maneira que a admissibilidade do registro da CAT pelo empregador”.

Higienização

Outro ponto cobrado dos bancos foi a necessidade de uma higienização pelo menos semanal das unidades. Os representantes da Fenaban concordaram que esse procedimento pode ser acrescentado no protocolo mínimo a ser discutido. Também consideram inadmissível que clientes tentem entrar nas agências alegando que precisam de atendimento rápido por estarem contaminados, conforme relato de fato ocorrido em uma agencia bancária.

Embora os representantes da Fenaban garantissem que os bancos orientam os gestores a não realizar visitas externas, dirigentes do Comando lembraram que o mais adequado não é uma orientação, mas a proibição das visitas durante a pandemia. Também foi cobrado que os bancos devem ter um acompanhamento das sequelas de funcionários que retornaram ao trabalho após superarem o adoecimento pela Covid.

Grupos de risco

No início da pandemia, centenas de bancários de grupos de risco foram afastados de suas atividades presenciais, mas não receberam atividades remotas. “Tem gente que está um ano em casa, do grupo de risco. E que podem ter problemas na renovação do acordo. Nossa preocupação é que tem que arrumar atividade para essas pessoas que estão em casa acumulando horas para compensar futuramente”, destacou a presidenta da Contraf-CUT. Os representantes da Fenaban se comprometeram a discutir o tema.

Fonte: Contraf-CUT