Empregados da Caixa reagem à agenda privatista do governo com dia de luta nesta quinta (9)

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Contra a agenda privatista do governo federal, que ameaça o patrimônio público e seu papel social, os empregados da Caixa de todo o Brasil fazem nesta quinta-feira (9) um Dia Nacional de Luta. De forma digital, eles darão o recado: #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil.

A mobilização faz parte de uma grande mobilização nacional contra a agenda neoliberal e entreguista do governo federal em meio a uma das mais graves crises sanitárias de todos os tempos, contra a pressão ao retorno precoce ao trabalho presencial, o que coloca em risco funcionários e a população em geral.

“Falar em privatização da Caixa em momento que a empresa tem se mostrado como um importante instrumento de luta contra a pandemia da Covid-19 demonstra o quanto o governo Bolsonaro é desassociado das questões vitais deste país. Colocar a agenda do mercado à frente dos interesses da vida se evidencia também na convocação dos empregados num momento em que a doença avança e a quantidade de mortos cresce. Pior que estarmos à deriva é existir loucos na condução do país”, critica o diretor do Sindicato Antonio Abdan

O banco público se mostrou imprescindível com o pagamento do auxílio emergencial e à economia, com a concessão de empréstimos ao setor produtivo, neste momento crítico pelo qual o país atravessa. Ainda assim, o presidente do banco, Pedro Guimarães, voltou a reforçar os planos de privatização da Caixa.

A intenção da equipe econômica não se alterou com o trabalho do banco público nesta pandemia, pois a direção da Caixa continua avaliando as condições de mercado e enxerga “uma janela de oportunidade para a realização da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade” ainda este ano.

Resistência no Congresso Nacional

Para tentar frear a agenda privatista do governo federal, tramita na Câmara dos Deputados o PL 2715/2020, que propõe a suspensão das privatizações até um ano após o fim do estado de calamidade pública. Na prática, os processos de desestatização e desinvestimentos só poderiam ser retomados em 2022.

Retorno precoce

Além da luta contra a venda do maior banco público do país, os empregados lutam pela vida. A direção do banco aumenta a pressão para o retorno precoce dos empregados ao trabalho em meio ao crescente número de casos de Covid-19 no Brasil. Mesmo com números alarmantes e a alta taxa de contágio do coronavírus, a Caixa insiste em convocar os empregados para que reassumam o trabalho presencial nas centralizadoras, filiais e representações. O fim do distanciamento social é precoce e coloca os trabalhadores em risco desnecessário e reforça a falta de preocupação da empresa.

A seguir, o material a ser compartilhando nas redes sociais em defesa do banco:

Da Redação com Contraf-CUT