Em ato-relâmpago em frente à Secretaria de Saúde, Sindicato exige compromisso e transparência com a vacinação dos bancários

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Com a ameaça de não inclusão dos bancários e bancárias na prioridade de vacinação, o Sindicato realizou um ato relâmpago nesta quinta-feira (15), às 18h, em frente à Secretaria de Saúde do DF, na 712 Sul, exigindo compromisso e transparência do Governo do DF. “Estranhamos esse silêncio do governo do DF. E realizamos esse ato pra evitar mais uma vez injustiça à categoria”, protestou o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, ao cobrar um posicionamento do GDF.

Mesmo depois do compromisso assumido pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de incluir a categoria bancária no PNO, e da divulgação nesta quarta-feira (14) da nota técnica que parametriza o processo de vacinação, que inclui os bancários e as bancárias, destinando 20% das doses do DF e dos estados da federação para a categoria, ao contatar a Secretaria de Saúde nesta quinta-feira (15), o Sindicato foi informado do desconhecimento por parte do GDF da existência da nota técnica do Ministério da Saúde.

“Isso é um absurdo, os processos de comunicação são integrados, todos os trabalhadores já têm conhecimento com relação à divulgação dessa nota, que está devidamente registrada nos Sistemas de Informações Eletrônicas (SEI) do GDF e do governo federal”, contestou Kleytton, esclarecendo que, após reportar a nota técnica para o GDF, a comunicação cessou. “Não obtivemos mais nenhum retorno do governo”.

O dirigente acrescenta que, a partir disso, tentou por meio de outros intervenientes abrir essa interlocução. “E fomos surpreendidos de que a intenção do governo seria a de prejudicar mais uma vez os bancários e ecetistas, não cumprindo com o que determina a orientação do Ministério da Saúde, no que se refere à destinação das doses para estes trabalhadores em instituições financeiras e em Correios, duas categorias que estão imensamente impactadas pela questão da Covid-19”.

A elevação do número de óbitos em ambas as categorias é muito crítica, quando se comparam os trimestres de 2020 com 2021. Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, a elevação de óbitos de bancários e bancárias saltou para mais de 170%. Na Caixa, a situação é ainda mais gritante com uma evolução de 254% do número de mortes.

O presidente do Sindicato reiterou que é fundamental que o compromisso público já assumido por duas vezes pela Casa Civil e pelo próprio governo seja mantido. “Portanto, governador Ibaneis, não desonre a palavra estabelecida com a categoria. Os bancários e bancárias não aguentam mais, até porque colocam em risco não só a saúde e vidas deles e dos próprios colegas, mas de toda a população que é atendida em bancos”.

”Cumpra a sua palavra, governador”

“Mais uma vez, o governador Ibaneis mostra a falta de compromisso com os trabalhadores. Os bancários e as bancárias e os trabalhadores dos Correios estão sendo ignorados, assim como toda a população do DF. O governo do DF é negacionista, assim como o governo Bolsonaro. Ele também não investiu nas vacinas. Por isso, estamos aqui exigindo que o senhor cumpra a sua palavra. O índice de mortalidade da categoria é maior do que o da média nacional. O ministro da Saúde se comprometeu a incluir as duas categorias no PNI. Portanto, cumpra com o seu dever”, cobrou José Wilson, diretor da Fetec-CUT/CN.

Luiz Roberto (Faustão), diretor administrativo do Sintect-DF, lamentou “a completa falta de transparência, de compromisso, e de sensibilidade do governador com os trabalhadores”, lembrando que “a pandemia não acabou. E vamos continuar brigando pela vacinação, que salva vidas. Para que todos possam trabalhar com tranquilidade”. E alertou: “Cuidado, Ibaneis, que o senhor pode ficar marcado como incompetente”.

Mariluce Fernandes

Do Seeb Brasília