Depois de cobrança, Bradesco apresenta canal de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica

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O Bradesco apresentou o seu canal de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e seus familiares, com acolhimento psicológico, social e financeiro, em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (25), por videoconferência. “Com a cobrança da Comissão de Organização dos Empregados (COE), tivemos avanços nas negociações com o RH do Bradesco”, comemora o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Paulo Frazão.

O tema foi um pedido da COE por transparência no cumprimento do acordo incorporado à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em setembro de 2020, que garante a criação de um canal em todos os bancos, entre outras ações de caráter preventivo para lidar com a questão.

“O canal de atendimento às mulheres vítimas de violência, fruto da nossa luta unificada das bancárias, é mais uma importante ferramenta para o combate à epidemia de violência que elas sofrem cotidianamente. O canal já foi implementado em outros bancos e o resultado tem sido bastante positivo”, avalia Zezé Furtado, secretária das Mulheres do Sindicato.

“As ações apresentadas hoje pelo banco são muito importantes, pois mostram claramente o compromisso com esta luta que é de todas nós. Ter o acolhimento é fundamental para que a mulher bancária sinta-se segura e fortalecida para enfrentar essa situação difícil”, acrescentou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que também participou da reunião, enalteceu a importância do banco atender à reivindicação do movimento sindical. “Só com esse tipo de clareza que conseguiremos discutir melhorias em cada uma das ações realizada pelo banco, para melhor atender as bancárias vítimas de violência.”

Fechamento de agências

Outro tema debatido na reunião, foi o fechamento das agências, anunciadas pelo presidente do banco, Octavio de Lazari, há algumas semanas. “Reforçamos mais uma vez com a direção do banco que o nosso compromisso e a nossa prioridade é a garantia dos empregos. Nós vamos sempre lutar pelo fim das demissões, principalmente durante a pandemia”, esclareceu Magaly.

Teletrabalho

O movimento sindical questionou quando começará a valer o acordo de teletrabalho, aprovado em 2020. O banco esclareceu que o acordo só passa a valer depois da pandemia. No momento, as equipes estão em home-office ou em situação de rodízio por conta as restrições da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), como acertado com o movimento sindical.

Da Redação com Contraf-CUT