A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lança nesta terça-feira (25) uma nova campanha para denunciar as práticas abusivas do Santander, que incluem a terceirização desenfreada e a retirada de direitos históricos dos bancários. A campanha busca desmascarar o discurso publicitário do banco e expor a realidade enfrentada pelos trabalhadores.
Nos últimos anos, o banco criou CNPJs para contratar como terceirizados pessoas que seguem no serviço bancário. Com esta manobra, o Santander deixa de pagar direitos da categoria nesses novos contratos. Por isso, a iniciativa do movimento sindical tem como principal meta informar e conscientizar bancários, terceirizados e clientes sobre os impactos das decisões do Santander.
“Não é honesto com o Brasil e os brasileiros o que o Santander vem praticando. Desconfigurar a forma de contratação prejudica a economia, e o fechamento de agências compromete o papel social da instituição”, afirma Eliza Espíndola, diretora da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).
A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, destaca: “Se trabalha no banco é bancário e tem que ter os mesmos direitos conquistados na Convenção Coletiva da categoria”.
“A verdade é simples: todos os anos, o setor bancário segue batendo recordes de lucro, que tem relação direta com o trabalho da bancária e do bancário. Então, esses direitos conquistados ao longo de décadas de luta não são favores dos bancos. Ao mudar o contrato de trabalhadores bancários para contrato de terceirizados, vendendo essa movimentação, que retira direitos, como oportunidade, o Santander tenta apagar essa história de conquistas”, lamenta a presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.
Compartilhamento de materiais
Nos próximos meses, serão disponibilizados para os sindicatos e federações materiais informativos e organizados atos de mobilização para reforçar a luta contra a retirada de direitos e a precarização do trabalho.
Da Redação com Contraf-CUT