Trabalhadores destacam que o próprio banco reconhece a importância do histórico de negociações
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT) cobrou, nesta terça-feira (18), que o Banco do Brasil
reabra as negociações sobre a Caixa de Assistência dos Funcionários do
banco (Cassi). A cobrança ocorreu durante reunião para apresentação do
novo coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), João
Fukunaga, ao vice-presidente de Gestão de Pessoas, Suprimentos e
Operações do BB, Antônio Gustavo Matos do Vale, e com o diretor da
Diretoria de Pessoas (Dipes), José Avelar Matias Lopes.
“Temos
um histórico de negociação que é reconhecido pelo próprio banco. Não
podemos jogar tudo isso fora e deixarmos um terceiro decidir sobre uma
coisa caberia aos associados e ao banco decidir. Queremos a reabertura
das negociações para que essa decisão seja de quem está envolvido no
processo”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, se
referindo à intervenção na Cassi pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Sem negociação, todos perdem
“A Cassi é muito mais do que um plano de saúde.
Sua política de atuação preventiva reduz os custos com tratamentos e
também os afastamentos de funcionários”, observou Fukunaga. “Se o banco
não reabrir as negociações, a carteira de associados pode parar nas mãos
do mercado privado, que não oferece este e outros serviços hoje
oferecidos pela Cassi. Os funcionários serão prejudicados, mas o banco
também será”, completou Fukunaga.
A Contraf-CUT encaminhou um ofício ao banco solicitando esclarecimentos sobre a resposta dada pelo banco ao pedido de prorrogação do Memorando de Entendimentos,
firmado em 2016 e com validade até dezembro de 2019. O memorando
garante o aporte extraordinário de cerca de R$ 500 milhões por ano ao
Plano Associados da Cassi, sendo 60% deste valor de responsabilidade do
banco e outros 40% de responsabilidade dos associados.
Em
resposta enviada à Contraf-CUT e demais entidades de representação dos
funcionários no dia 10 de setembro, o BB negou a prorrogação do aporte
extraordinário à Cassi e ainda disse que mesmo os recursos previstos na proposta para sustentabilidade da Cassi recusada em consulta aos associados, podem não estar mais disponíveis. Segundo o banco, as conversações são limitadas por premissas anteriores.
No
ofício a Contraf-CUT questiona quais são os limites e as premissas
citadas na resposta do banco e se este aceitará, ou não, a reabertura de
negociações solicitada pela Contraf-CUT e demais entidades que compõem a
mesa de negociações com a Cassi.
Fonte: Contraf-CUT