Coletivo Caixa Preta celebra conquista de 30% das vagas de estágio da Caixa destinadas a estudantes pretos e pardos

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A Caixa Econômica Federal lançou um novo processo seletivo para contratação de estagiários com uma grande conquista para os trabalhadores: a reserva de 30% das vagas para candidatos que se autodeclararem pretos ou pardos, uma proposta do Coletivo Caixa Preta, que atua na defesa da equidade racial dentro da instituição.

Josibel Rocha, integrante do coletivo, destacou a importância do avanço. “A destinação de 30% de vagas no programa de estágio da Caixa para estudantes negros e negras significa igualdade de oportunidades no serviço público brasileiro.”

O processo seletivo contempla estudantes de nível médio, técnico e superior, com oportunidades em todas as regiões do país. As inscrições estarão abertas de 12 de maio até 5 de junho, exclusivamente pelo site da Super Estágios. No momento da inscrição, os candidatos devem escolher a localidade em que desejam atuar.

Para participar, é necessário estar regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada, com curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), além de ter no mínimo 16 anos de idade.

Além das cotas para pretos e pardos, o edital também prevê a reserva de 10% das vagas para Pessoas com Deficiência (PcDs) e 3% para candidatos indígenas.

As vagas de nível superior são destinadas a estudantes dos cursos de Direito, Arquitetura, Engenharia, Economia, Tecnologia da Informação (TI) e áreas ligadas a projetos sociais, como Pedagogia, Psicologia, Serviço Social, Ciências Sociais ou Ciência Política.

A conquista beneficia ainda estudantes do ProUni e Fies negras e negros que estão cursando universidades públicas.

O processo seletivo contará com prova on-line para todos os candidatos. Aqueles que concorrem às vagas de nível superior também passarão por entrevista. Os estagiários receberão bolsa-auxílio de até R\$ 1.100 (nível superior) e R\$ 500 (níveis médio e técnico), além de auxílio-transporte de R\$ 130. Os contratos terão duração de seis meses a dois anos.

A inclusão de uma política afirmativa no estágio da Caixa é considerada um passo importante na luta pela equidade racial no setor público e reflete a pressão de movimentos sociais como o Coletivo Caixa Preta por medidas concretas de reparação e justiça social.

Da Redação com informações do Correio Braziliense