Cenário da pandemia será debatido em reunião da Comissão de Empresa do BB com sindicatos de todo o país

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No DF, funcionários do BB realizam Dia de Luta e Luto na terça-feira (25), com vigília no TST. Dia 27, quinta, será Dia Nacional de Luta, com paralisações de unidades.

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Brasília e representantes de bases sindicais de todo o país se reúnem nos próximos dias com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) para avaliar e debater o atual cenário de contaminação por Covid-19 e por Influenza entre os funcionários do banco. O objetivo é reforçar as ações para que o banco cumpra sua obrigação de proteger a saúde dos funcionários e dos clientes.

“Estamos recebendo, de todo o país, registros de casos. Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região já foram confirmados mais de 500 casos de Covid-19 ou Influenza do início do ano até esta quarta-feira (19)”, informou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Esse é o número de trabalhadores que procuraram o sindicato. Portanto, o total de infectados pode ser ainda maior. O banco precisa entender que vidas valem mais que as metas”, completou.

“Vamos atuar e cobrar a responsabilidade do banco com respeito ao conjunto de medidas e protocolos com vistas à proteção dos trabalhadores. As longas filas de espera na Cassi atestam a sensibilidade do momento e a urgência de tomar medidas para atenuar a curva de contaminação. Aqui no DF, realizarem Dia de Luta e Luto na terça (25) e, no dia 27, fortaleceremos a mobilização nacional dos funcionários do BB com protestos e paralisação de unidades”, afirma o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

Culpa do banco
O movimento sindical aponta que o aumento exponencial de casos é resultado da irresponsabilidade do BB por ter convocado os funcionários para o retorno ao trabalho presencial, mesmo diante do cenário de pandemia.

“Quando o banco aplicou o cronograma de retorno presencial dos que trabalham em departamentos de prédios comerciais, cumprido até o final de dezembro, desconsiderou completamente as recomendações amplamente divulgadas pelas autoridades de Saúde”, lembrou Fukunaga. “É claro que as festas de final de ano, em razão das confraternizações, têm impactos no aumento de casos, como os especialistas mesmo confirmam. Mas isto, o impacto das festas de final de ano, já era previsto. E, exatamente por esta razão, que o movimento sindical insistiu tanto para que os trabalhadores com comorbidades e os que podem executar suas tarefas em home office fossem mantidos trabalhando em casa”, completou.

Nesta quarta-feira (19), a 28ª Vara do Trabalho de São Paulo condenou o Banco do Brasil a retomar o Manual de Trabalho Presencial vigente até o dia 4 de janeiro e a alocar para o home office todos os empregados que trabalham em departamentos de prédios comerciais. A decisão ocorreu em resposta à tutela de urgência protocolada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região contra o banco.

Cronograma
Nos próximos dias o movimento sindical realizará:
Dia de Luta e Luto no DF, com vigília no TST, na terça-feira (25);
Dia nacional de luta, com paralisações de unidades, na quinta-feira (27);
Reunião com delegados sindicais para organizar formas de levar o debate aos locais de trabalho;
Plenárias junto aos funcionários para discutir a situação atual no BB;

“A tentativa de reunião com a Diretoria de Pessoas, as Gepes (Gestão de Pessoas) em seus estados têm se demonstrado infrutífera para os sindicatos que querem proteger vidas. A situação do descaso e o constrangimento de muitos gestores de não conseguirem ter autonomia para fazer e zelar pelas vidas dos funcionários mostra que existe uma política imposta pelo governo federal à direção geral do BB”, avaliou a CEBB em mensagem encaminhada às bases.

Com Contraf Cut