Cassi contrata sócio de diretor eleito como analista de Saúde

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Mesmo sem experiência em organização de serviços de saúde e residindo em estado diferente do qual as atividades relativas ao cargo acontecem, Milton Murakami foi contratado como analista de Saúde Senior da Cassi, indicado por seu sócio, o diretor eleito da caixa de assistência Luiz Satoru. 

Em um processo no mínimo eticamente questionável, Murakami foi contratado para atuar em um projeto na Cassi Paraná, reorganizando o atendimento médico na Clinicassi e rede credenciada. De acordo com a proposta inicialmente apresentada por Satoru, a contratação de Murakami se daria numa vaga existente na Cassi Brasília, vaga essa que seria transferida para a Cassi São Paulo, onde se daria de fato a contratação.

Entretanto, durante apresentação da proposta de contratação à diretoria da Cassi, Satoru não conseguiu responder os questionamentos sobre o local de residência e a experiência de Murakami para ocupar o cargo. Então, retirou a proposta de pauta e, uma semana depois, apresentou novo documento com a proposta de contratação do seu sócio, dessa vez sem citar a realização de viagens a serviço, reduzindo o valor no orçamento solicitado e afirmando que a contratação seria destinada para a classificação das Cassi estaduais, não para o projeto do Paraná.  

Após a apresentação desse segundo documento, Satoru contratou Murakami, o instalou na Cassi São Paulo e o faz viajar frequentemente para Curitiba e Brasília, utilizando para isso as verbas de viagens da sua diretoria. Não se trata apenas de contratar o sócio para um trabalho ao qual ele não está apto, mas de alterar o documento que aprovou a contratação para adaptá-la ao sócio e camuflar as despesas com viagens.

Diante da situação deficitária pela qual a Cassi passa decorrente de um problema de gestão causado pela inépcia do patrocinador, Banco do Brasil, contratações fraudulentas como a de Milton Murakami tornam-se ainda mais danosa para a entidade, levando a apadrinhamentos na Cassi e aumento de despesas pagas por seus associados. 

O mesmo Satoru que contratou seu sócio como analista, ignorando a falta de experiência e o aumento de custos desnecessário com viagens, chegou a ameaçar cortar credenciamentos depois que a proposta do BB para a Cassi, apoiada por ele, foi derrotada. O processo seletivo transparente e responsável para os quadros da Cassi sempre foi defendido pelo movimento sindical. Não por acaso tal processo foi implantado na gestão do ex-diretor da Cassi William Mendes, que foi apoiado por diversas entidades representativas dos bancários do BB.

É urgente que Satoru apresente as necessárias explicações sobre a contratação de Murakami, totalmente antiética e que gera custos para a Cassi. O Sindicato, como entidade representativa dos funcionários do BB, da ativa e dos aposentados, repudia este tipo de ação e vai cobrar que seja realizada uma investigação séria para avaliar a legalidade dessa contratação.

As informações são do Seeb São Paulo