Câmara aprova congelamento de salários dos servidores públicos para satisfazer Paulo Guedes

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Foto: Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (5) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 39/20, oriundo do Senado, que impõe congelamento dos salários dos servidores públicos até 2022. Entre os deputados federais pelo Distrito Federal, votaram a favor do arrocho Bia Kicis (PSL), Júlio César Ribeiro (Republicanos) e Paula Belmonte (Cidadania).

Erica Kokay (PT), Israel Batista (PV), Luís Miranda (DEM), Celina Leão (PP) e Flávia Arruda (PL) votaram contra o PLP 39, que proíbe os estados, o Distrito Federal e os munícipios de concederem qualquer tipo de reajuste ou aumento nos salários, de realizarem concursos ou de criarem cargos como contrapartida ao socorro financeiro da União, em razão da pandemia de Covid-19.

Em arranjo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o ministro da Economia, Paulo Guedes, conseguiu emplacar o arrocho salarial por uma ajuda de R$ 125 bilhões aos entes federados.

Com a anuência do seu presidente, deputado Rodrigo Maia, a Câmara se sujeitou ao acordo entre Alcolumbre e Guedes, mas houve luta de resistência que resultou em vitória importante. O projeto do Senado excluía das regras de congelamento apenas os servidores civis e militares que atuam nas áreas de saúde e segurança pública, mas a Câmara aprovou destaque do Partido dos Trabalhadores que excluiu, também, os trabalhadores e trabalhadoras da educação.

O voto em favor do destaque que excluiu a educação do congelamento imposto pelo governo Bolsonaro foi orientado em plenário pela deputada Erika Kokay, ex-presidenta do Sindicato e bancária aposentada da Caixa.

Da Redação