BRB registra lucro de R$ 192 milhões no 3º trimestre

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O Banco de Brasília (BRB) teve um lucro líquido de R$ 192 milhões no terceiro trimestre de 2021, um crescimento de 68,3% na comparação com o mesmo período de 2020. O resultado referente aos nove meses foi de R$ 433 milhões, um incremento de 38,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, que ficou em R$ 418 milhões. O balanço com os dados atualizados do banco foi divulgado nesta quarta-feira (17).

“O resultado apresentado é alvissareiro, porém tem aspectos que chamam a atenção, que é particularmente relacionado ao lucro não recorrente, ou seja, que é um resultado que não é derivado do negócio diário do banco. Isso preocupa quanto a resultados futuros. Mas, de toda forma, é importante o BRB apresentar resultados assim expressivos, porque isso demonstra o quanto o banco público é absolutamente viável”, ressalta Antonio Eustáquio, diretor da Fetec/CUT-CN.

De acordo com análise o Dieese, Subseção Bancários DF, esse resultado foi influenciado por alguns eventos não recorrentes, como as receitas referentes à venda das ações da Visa e Master, inclusive relacionada à variação cambial, e à parceria com a Genial Investimentos, o efeito tributário sobre os eventos não recorrentes e majoração da alíquota de CSLL e as despesas com o Programa de Desligamento Voluntário Incentivado (PDVI). A rentabilidade anual ajustada (LL/PL) ficou em 26,2% em setembro, recuo de 0,5 ponto percentual (p.p.) em 12 meses.

A carteira de crédito ampliada variou expressivos 42,1% em relação aos nove meses de 2020, totalizando R$ 20,72 bilhões em setembro de 2021. O crescimento foi impulsionado pelo crédito consignado, crédito pessoal voltado a servidores públicos e o crédito imobiliário, linhas que correspondem a 72,8% da carteira do BRB.

A carteira de crédito imobiliário registrou crescimento de 128,6% em 12 meses, somando R$ 4,10 bilhões, e o crédito consignado somou R$ 9,75 bilhões (+24,2%). O crédito à pessoa jurídica cresceu 85,4% na mesma comparação (R$ 2,07 bilhões).

No crédito rural, o aumento registrado no período foi de 58,7% (R$ 515 milhões) e, na carteira de crédito para pessoa física, houve aumento de 21,3% (R$ 12,85 bilhões). As operações de crédito para o governo aumentaram 315,4% (R$133 milhões) nos nove meses de 2021.

As despesas com provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) aumentaram 12,2% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 180 milhões até setembro de 2021. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias aumentou 0,08 p.p., ficando em 1,64%. Já o Índice de Basileia ficou em 14,5% em setembro, 0,4 p.p a mais que em setembro de 2020, quando estava em 14,1%.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 446,1 milhões até setembro de 2021, crescimento de 12,4%, em 12 meses, e as despesas com pessoal + PLR aumentaram 8,6%, chegando a R$ 830,2 milhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 53,7% no 3º trimestre, 1,8 p.p. a mais que a verificada no mesmo período de 2020.

Número de clientes chega a 3 milhões

A base de clientes aumentou em mais de 2,2 milhões em 12 meses (+305,6%), motivado pela forte expansão do banco digital, pela parceria firmada com o Flamengo e pelo programa Acredita DF, alcançando quase 3 milhões em setembro de 2021.

Por fim, o BRB encerrou o trimestre com 136 unidades da rede de agências e postos de atendimento, sendo 119 no DF e Entorno e outras 17 unidades em outros estados. Novamente, o banco não informou o total de empregados no trimestre.

Veja análise do Dieese:

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Da Redação