Bradesco registra lucro de R$ 6,7 bilhões no 3º trimestre de 2021

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Nos nove primeiros meses de 2021, o Bradesco obteve um lucro líquido recorrente, ou seja, que exclui efeitos extraordinários, de R$ 19,602 bilhões, com alta de 54,9% em relação ao mesmo período de 2020. No 3º trimestre, o lucro foi de R$ 6,767 bilhões, queda de 7,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado do banco foi de 18,3%, com alta de 5,4 pontos percentuais em 12 meses.

Segundo relatório do banco, o crescimento observado, que superou inclusive os períodos que antecederam a pandemia, reflete a melhora da atividade econômica, o resultado das operações de seguros, que evoluíram mais de 100% no trimestre, a alta das receitas com margem financeira com clientes e prestação de serviços e as menores despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD).

Análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Subseção Bancários DF, aponta que, ao final de setembro de 2021, a holding contava com 87.736 empregados no país, com fechamento de 8.198 postos de trabalho em 12 meses, porém, com abertura de 374 postos no trimestre. Em um ano, foram fechadas 765 agências e 120 postos de atendimento e abertas 393 unidades de negócios, totalizando 3.030 agências, 3.838 postos de atendimento e 967 unidades de negócio.

“É inadmissível que, mesmo com esse lucro, o Bradesco não valorize os seus funcionários e continua demitindo e fechando agências. Mas o Sindicato está avaliando e mapeando o tamanho do estrago que o banco está fazendo com os trabalhadores de Brasília. Em nível nacional, também estamos conversando, vamos pressionar e, se for o caso, vamos para a greve, para a paralisação, ou seja, vamos fazer o que for necessário para reverter essa posição”, enfatiza José Avelino, diretor da Fetec Centro Norte e funcionário do Bradesco.

Carteira de crédito

A carteira de crédito expandida do banco cresceu 16,4% em 12 meses, atingindo R$ 773,3 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 24,7% no período, totalizando R$ 303,5 bilhões, com destaque para o financiamento imobiliário (+41,3%), cartão de crédito (+26,0%) e o crédito consignado (+24,2%). Já as operações com pessoas jurídicas somaram R$ 469,8 bilhões no país, alta de 11,6% em 12 meses. Neste segmento, destacaram-se o crédito rural (+41,0%), o CDC/Leasing (+31,7%) e o financiamento imobiliário (+18,4%).

O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias subiu 0,3 p.p., ficando em 2,6% no 3º trimestre. As despesas com provisão para devedores duvidosos foram reduzidas em 47,0% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 11,1 bilhões em setembro de 2021.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias totalizou R$ 20,4 bilhões, alta de 5,3% em 12 meses. As despesas de pessoal considerando a PLR teve crescimento de 3,1%, somando R$ 14,8 bilhões. Com isso, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 138,3%.

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Da Redação