BB tem lucro de R$ 8,7 bi no 1º semestre de 2019; PLR pode ser paga no fim de agosto

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O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no 1º semestre de 2019 foi de R$ 8,7 bilhões, com crescimento de 38,5% em relação ao mesmo período de 2018. Segundo o banco, este resultado se deve aos aumentos na margem financeira bruta e das rendas de tarifas, além de um controle agressivo de custos. O retorno sobre o patrimônio líquido semestral (RPSL) cresceu de 12,9% para 17,4% em 12 meses.

O Sindicato avalia que, de acordo com este resultado, não há razão para o desmonte do BB, que está sendo promovido pelo governo, e nem para demissões. Ao fim de junho de 2019, o BB contava com 96.168 funcionários, com fechamento de 1.507 postos de trabalho em 12 meses. No período ainda foram fechadas 48 agências e 197 postos de atendimento.

Carteira de crédito

Segundo análise feita pelo Dieese, a carteira de crédito ampliada diminuiu 0,5% em 12 meses, totalizando saldo de R$ 686,6 bilhões. Em relação ao trimestre anterior a carteira apresentou pequeno crescimento de 0,2%. O crédito para Pessoa Jurídica teve queda de 3,7% em relação a junho de 2018 e se manteve estável no trimestre, com redução maior nas linhas para Grandes Empresas (-14,2%) e Governo (-5%). O destaque positivo no segmento PJ ocorreu nas linhas de financiamento para Micro, Pequenas e Médias Empresas (crescimento de 3,2% com relação a junho de 2018).

O crédito para Pessoa Física cresceu 7,6% em 12 meses e 2,1% no trimestre, com destaques para os empréstimos pessoais (crescimento de 97% em relação ao 1º semestre de 2018) e o crédito consignado (crescimento de 8,9%), enquanto o microcrédito caiu 15,6% e as linhas de cheque especial tiveram queda de 11,1% em 12 meses.

A carteira de crédito para o Agronegócio (que representa 59,3% de toda a carteira do segmento no país) diminuiu 2% em 12 meses, chegando a R$ 184,8 bilhões.

As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) caíram 11,6% em relação ao 1º semestre de 2018, totalizando cerca de R$ 9.5 bilhões. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 3,25%, com queda de 0,07 p.p. com relação a junho de 2018.

As receitas de tarifas e prestação de serviços tiveram alta de 6,7%, chegando a R$ 14,2 bilhões no semestre, enquanto as despesas com pessoal cresceram 10,5% no mesmo período, incluindo a PLR, chegando a R$ 11,3 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 126% em junho de 2019.

Sindicato reivindica pagamento da PLR

De acordo com a cláusula 15ª, parágrafo II, do Acordo Coletivo de Trabalho, o banco compromete-se a pagar a PLR aos funcionários em até dez dias úteis após a data de distribuição dos dividendos ou PCJ – Juros sobre Capital Próprio aos acionistas, que são divulgados logo após a publicação dos valores do lucro. O banco informou que pagará os acionistas no fim de agosto (30 de agosto). Assim, o Sindicato reivindica que a PLR seja paga ao funcionalismo no mesmo dia.

Da Redação