Denúncia revela retaliação e descomissionamento de trabalhadores da Disec
O Banco do Brasil tem um histórico de retaliações contra funcionários que participaram de greves ou ingressaram com ações trabalhistas. Em 2022, um grupo de bancários da Diretoria de Suprimentos Corporativos (Disec) foi vítima dessa prática, sendo rebaixados de função, tendo atribuições retiradas injustificadamente, transferidos de equipes desnecessariamente e até descomissionados de modo injusto, resultando em perdas salariais expressivas e abalo emocional.
Diante dessas irregularidades, o Sindicato ajuizou, em 27 de junho de 2024, um protesto interruptivo de prescrição para resguardar os direitos desse grupo de trabalhadores. Com a medida, o Sindicato impede a prescrição dos direitos, permitindo o ingresso de ações para reparação dos prejuízos e reversão das práticas abusivas.
TST já condenou o banco por coagir bancários a desistirem de ações trabalhistas
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) já condenou o Banco do Brasil por assédio moral e conduta antissindical, após comprovação de que a instituição coagia empregados a desistirem de ações trabalhistas, sob pena de demissão ou perda de comissões.
Na Ação Civil Pública nº 0000032-82.2011.5.10.0012, ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal, o banco foi acusado de adotar pressão sistemática para impedir que trabalhadores buscassem seus direitos na Justiça. Embora a primeira instância tenha negado o pedido de indenização por dano moral coletivo, o TST reformou a decisão, reconhecendo a gravidade da conduta e determinando que o banco se abstivesse de coagir empregados que ingressassem com ações judiciais.
O Tribunal também destacou que essa prática não se limitava a prejudicar individualmente os trabalhadores, mas representava uma grave violação ao direito de acesso à Justiça e à liberdade sindical.
Sindicato seguirá tomando todas as medidas cabíveis
O Sindicato dos Bancários de Brasília reafirma seu compromisso em defender os direitos da categoria e tomará todas as providências necessárias para reverter os descomissionamentos arbitrários, em especial os que atingiram os bancários da Disec.
O Sindicato espera que o Banco do Brasil reveja sua postura, respeitando os direitos dos trabalhadores e garantindo um ambiente de trabalho livre de assédio e perseguições. Caso a instituição insista nas práticas abusivas, novas ações serão movidas para garantir que os bancários eventualmente prejudicados sejam devidamente indenizados e reconduzidos às suas funções.
Da Redação