Bancários também estão na linha de frente, só lhes faltam respeito e reconhecimento

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O primeiro caso de covid-19 no Brasil foi registrado em 26 de fevereiro e, desde então, passaram-se 150 dias, com mais de 2 milhões de casos confirmados e mais de 85 mil mortos no Brasil. De acordo com o acompanhamento da universidade americana Johns Hopkins, somos o segundo país do mundo em casos confirmados e de mortalidade.

Trabalhadores de diversas áreas enfrentam todo esse cenário preocupante com características de filme distópico apocalíptico. Alguns com mais visibilidade, como os profissionais da saúde, outros um pouco esquecidos, porém tão essenciais quanto. Este é o caso dos trabalhadores vigilantes, de asseio e conservação, e os bancários.

Sem tirar o merecimento de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais trabalhadores da saúde, bancários e bancárias da Caixa também têm se desdobrado desde o início da pandemia do novo coronavírus para atender a população mais vulnerável a receber os auxílios emergenciais. Esses trabalhadores enfrentam toda a diversidade de sistemas para dar vazão às filas quilométricas, colocando a si e a sua família em risco de contágio por esse vírus tão temido e pouco conhecido.

Não bastassem as incertezas decorrentes da pandemia e do distanciamento dos familiares por se exporem ao vírus diariamente, os empregados da Caixa ainda têm metas absurdas sendo ampliadas e cobradas no momento em que o senso de preservação da vida precisa, mais do que nunca, ser prioridade, e não o lucro.

Além das jornadas estendidas para além das 6h por dia, empregadas e empregados da Caixa estão sendo pressionados a compensar a hora extra. Mas compensar como, se a unidade ainda precisa do trabalhador para atender as filas que após 150 dias ainda dão voltas pelas esquinas país afora?

Esses trabalhadores se arriscam e sequer são reconhecidos e respeitados pela empresa que, com a gestão de Pedro Guimarães, pressiona os gestores a assediar suas equipes ao limitar que todas as determinações absurdas ou questionáveis sejam repassadas para os empregados de forma verbal, não deixando registros da exploração, claramente com o intuito de dificultar a ação sindical e a busca por reparação judicial no futuro.

Pedro Guimarães e seus vice-presidentes demonstram a falta de respeito com os empregados, que mantêm a Caixa como uma empresa forte e indispensável para a sociedade brasileira, ao ignorar todos os ofícios das entidades representativas dos seus empregados nas mais diversas esferas e ao recusar o diálogo para proteger a vida dos empregados e colaboradores, das suas famílias e de toda a sociedade.

“Não há sistema de saúde que comporte o adoecimento simultâneo de todos os empregados de apenas um dos prédios da Matriz. Imagina um retorno massivo de todos os empregados, em ambientes propícios ao contágio e com diversos colegas se recusando a aderir aos protocolos básicos de proteção. Seria o início de um caos sem precedente”, frisa a diretora do Sindicato e empregada da Caixa Rafaella Gomes.

A Caixa é um banco com uma importância social incalculável, seus empregados sabem muito bem disso, e carregam essa bandeira com muito orgulho. Fazendo valer seu papel social, exigimos respeito à vida de todos, bancários, trabalhadores do asseio e conservação, da segurança e de todos os brasileiros.

#TodasAsVidasTrabalhadorasImportam

Da Redação