Bancários da Caixa realizam Dia Nacional de Lutas na quarta-feira

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Os bancários da Caixa Econômica Federal estão preparando uma boa resposta para a decisão arbitrária e unilateral do banco em punir todos os empregados com cargos técnicos que reclamam na Justiça a jornada de 6 horas. Nesta quarta-feira 20, os trabalhadores vão realizar protestos e paralisações em todo o Brasil, num Dia Nacional de Lutas.

Os bancários da Caixa Econômica Federal estão preparando uma boa resposta para a decisão arbitrária e unilateral do banco em punir todos os empregados com cargos técnicos que reclamam na Justiça a jornada de 6 horas. Nesta quarta-feira 20, os trabalhadores vão realizar protestos e paralisações em todo o Brasil, num Dia Nacional de Lutas.

“A situação é grave, já entramos em contato com a Caixa para que ela reveja sua posição, mas até agora não obtivemos nenhuma resposta. Diante disso, os sindicatos precisam realizar um grande dia de protestos como forma de pressionar a direção do banco e corrigir este problema”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

O problema começou há uma semana, no dia 7, quando a Caixa expediu a Circular Interna SUPES/GERET 293/06, cujo teor orienta todas unidades a alterar a jornada de trabalho de todos os empregados ocupantes de cargos técnicos que reclamam na Justiça jornada de 6 horas.

“Essa atitude é absolutamente arbitrária e atenta contra o direito do cidadão de recorrer a Justiça. Não podemos aceitar o fato de uma administração que propaga estar desenvolvendo uma política de recursos humanos para transformar a Caixa na melhor empresa para se trabalhar, adotar esse tipo de pressão contra seus empregados”, diz Plínio.

Na última segunda-feira, dia 11, a Contraf-CUT encaminhou uma correspondência à presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, solicitando a imediata revogação da CI e audiência com a direção da empresa para discutir o assunto.

A correspondência lembra que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) não deixa margem para a dúvida de que o bancário que não ocupa função de confiança tem direito à jornada de seis horas. Mas diferentemente disso, diz o ofício, “a Caixa – ao longo dos últimos anos – obrigou todos os ocupantes de cargos técnicos ou de assessoramento a cumprirem jornada diária de oito horas”.

“A semana já está terminando e até agora a Caixa não respondeu ao nosso ofício. Isso aumenta a importância do Dia Nacional de Lutas. Os sindicatos devem organizar atividades em suas bases na próxima quarta e envolver os empregados da Caixa. Os bancários devem participar em massa, pois seus direitos estão em jogo. Procure o seu sindicato e participe das manifestações programadas”, orienta Plínio.

Contraf-CUT