Assembleia popular denuncia violência contra a mulher e cobra instalação da CPI do feminicídio na CLDF

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Cruzes vermelhas, simbolizando o sangue das mulheres vítimas de feminicídio. Cartazes pedindo o fim da violência contra a mulher, em razão do gênero. E, na garganta, um grito de basta. Assim, movimentos de mulheres foram às ruas nesse sábado (26) para debater e denunciar os casos de feminicídio. O encontro ainda deliberou algumas ações a serem realizadas no próximo período.

Como parte dessas ações, nesta terça (29), às 14h, o grupo realizará ato na Câmara Legislativa do DF. O objetivo é pressionar os parlamentares a instalarem a Comissão Parlamentar de Inquérito do Feminicídio (CPI do Feminicídio). Proposta pelos  parlamentares Arlete Sampaio (PT-DF) e Fábio Félix (Psol), a CPI tem como finalidade enfrentar de “forma eficaz o aumento de feminicídios no DF e identificar falhas nas políticas públicas de prevenção e acolhimento às mulheres”.

Outra deliberação do encontro é que, até 25 de novembro, sejam realizadas assembleias populares nas regiões administrativas, com foco naquelas que têm maiores índices de violência contra as mulheres.

“O feminicídio é o estágio final. Queremos conversar com as mulheres e instruí-las, de forma que não tenhamos nossas vidas ceifadas”, disse a diretora do Sindicato dos Jornalistas do DF, Thamy Frisselli.

Feminicídio
O feminicídio é definido como a violência contra a mulher, exclusivamente, por questões de gênero. Ou seja, quando uma mulher é morta simplesmente por ser mulher.

No DF, apenas este ano, o número de vítimas chega a 26. De acordo com dados da Secretaria de Segurança do DF, o primeiro semestre registrou aumento de quase 80%, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Fonte: CUT Brasília