Assembleia define estratégia de pressão com paralisações setoriais, intensificando a luta pela vacina. Categoria segue em estado de greve

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Em assembleia geral na noite desta quinta-feira (1º), os bancários e bancários decidiram se contrapor ao recuo do Governo do Distrito Federal no plano de imunização da categoria com mais e intensas ações de pressão pela garantia do direito a vacina no braço dos trabalhadores que atuam nos bancos prestando serviço essencial à população.

A mobilização permanente se dará com paralisações setoriais diárias, por bancos, cidades e locais estratégicos, com avaliações ao final de cada dia, numa sequencia de ações progressivas em amplitude e intensidade. A categoria segue em estado de greve permanente.

A proposta de paralisações setoriais foi aprovada por 52% dos participantes da assembleia e a de greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira teve 33%.

“Foram, portanto, mais de 80% os que se posicionaram por ações incisivas na continuidade da luta pela garantia do direito à vacina, em busca de reparação da injustiça contra quem presta serviço essencial à população, enfrentando a alto risco de contágio e de morte, comprometendo também a segurança de seus familiares e de quem se dirige às agências bancárias em busca de atendimento”, destaca o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

“A luta pela vacinação deve ser vista como uma medida de controle sanitário em razão do alto fluxo de pessoas e do potencial de contaminação observados nas unidades bancárias”, diz a secretária de saúde do Sindicato, Vanessa Sobreira.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), comprovam que a categoria bancária registrou crescente número de encerramento de contratos de trabalho por morte durante a pandemia. Comparando o primeiro trimestre de 2020 com o primeiro trimestre de 2021, os óbitos cresceram 176,4%.

“Participe, mobiliza-se a si e aos colegas de trabalho. O Sindicato mobilizará, antecipadamente os locais e bancos que serão priorizados na estratégia de denúncia das condições extremas de exposição no trabalho”, destaca Fabiana Uehara, secretária-geral do Sindicato.

Evandro Peixoto – Colaboração para o Seeb Brasília