Aposentados do BRB cobram da Regius correção de proventos

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A inflação medida pelo IPCA Do mês de dezembro ficou em 1,35%, a maior variação mensal desde 2003. Este índice mensal extremamente elevado só será recebido pelos aposentados e pensionistas do BRB em janeiro de 2022, com uma defasagem de 13 meses. Isto ocorre porque a Regius, administradora dos planos previdenciários dos empregados do BRB, mantém um anacrônico regulamento de correção das aposentadorias e pensões que considera a inflação de dezembro de um ano até novembro do outro ano. Como os proventos têm de ser pagos corrigidos a partir de janeiro de cada ano, argumenta-se que este intervalo (dezembro a novembro) ocorre para “dar tempo” de processar a folha de janeiro do ano subsequente com o reajuste do ano anterior.

“Diante do índice elevado de dezembro passado, a Regius deveria rever este intervalo, pois até o INSS, que paga os benefícios do regime geral, já vai aplicá-lo agora em janeiro. Não há argumento plausível para se privar os aposentados e pensionistas do BRB de terem de esperar mais de um ano para terem a reposição desde altíssimo índice. Com a tecnologia atual, pagar em janeiro com o resultado de dezembro é perfeitamente possível”, afirma Eustáquio Ribeiro, diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

O conselheiro da Regius Aliomar Carvalho apresentou proposta de alteração no intervalo do cálculo considerando o ano cheio, de janeiro a dezembro, com pagamento da inflação deste período em janeiro do ano subsequente. Esta proposta está com a diretoria da Regius já há quase um ano, a qual até o momento não toma uma decisão a respeito.

Segundo fontes do banco e da Regius, há uma grande resistência por parte de alguns diretores: Semíramis Cezar, de Planejamento, e principalmente de Sandro Soares, de Benefícios. O irônico é que estes são justamente os diretores que foram eleitos para representarem os interesses dos participantes.

De acordo com o conselheiro Aliomar Carvalho, não há óbice nenhum a esta correção. Ela não produz impacto nenhum nas reservas, segundo alegação de alguns. Destaca-se ainda, quanto a esta matéria, o total apoio da Associação dos Aposentados do BRB (AFA), que faz coro na cobrança da correção.

O Sindicato dos Bancários de Brasília e a Fetec CUT/CN cobram celeridade da diretoria da Regius em adotar esta medida. As entidades entendem que o que é preciso é apena boa vontade para que ela seja colocada em prática.

Da Redação