A decisão anunciada pelo Banco do Brasil sobre anúncio em site propagador de fake news caiu por terra. A reclamação do filho 02 de Jair Bolsonaro pode ser o motivo do banco voltar atrás na retirada de anúncios do site do Jornal da Cidade Online.
Na tarde desta quinta-feira (21), o Sindicato publicou matéria sobre a denúncia feita pelo movimento Sleeping Giants Brasil. Pelo Twitter, o BB respondeu ao alerta do Sleeping Giants, afirmando que “os anúncios de comunicação automática foram retirados e o referido site bloqueado” e que a instituição repudia “qualquer disseminação de fake news”.
“Já não é a primeira vez que o governo Bolsonaro intervém em decisões técnicas no Banco do Brasil. É inadmissível que os recursos da empresa sejam utilizados para financiar sítios bolsonaristas especialistas em fake news, impulsionados por robôs. Parece ficar bem claro a função de um executivo da área de marketing da empresa”, afirma o secretário de Imprensa do Sindicato e bancário do BB, Rafael Zanon.
Nova diretora chega em meio à crise
A publicação da mudança na gestão do departamento de marketing, responsável pelas mídias do banco, foi enviado aos acionistas nesta quinta.
A nova diretora, eleita pelo Conselho de Administração no dia anterior, é Ana Claudia Kakinoff Correa, e chega no meio da crise gerada pela intevenção política direta na área de marketing, que levou a #BBfinanciafakenews aos assuntos mais comentados. As ações da empresa iniciaram o dia com forte queda na bolsa.
Além disso, terá como gerente executivo da área de publicidade Antônio Mourão, filho do vice presidente do Brasil. A pergunta que fica é se a nova diretora conseguirá administrar tecnicamente a área diante de tanta intervenção dos interesses bolsonaristas.
Graduada em Administração de Empresas e Comércio Exterior, Ana iniciou sua carreira no BB em setembro de 1992 e já exerceu o cargo de Gerente Executiva da Secretaria Executiva, foi Assessora Especial das Vice-Presidências de Atacado e de Negócios de Varejo e Gerente de Soluções de Marketing e Comunicação. Atuou também como conselheira fiscal na BB Elo Cartões e BB Consórcios, além de conselheira curadora na Fundação Banco do Brasil.
Da Redação