Após cobrança do movimento sindical, Banco do Brasil anuncia concurso para contratação de 2.240 funcionários

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O Banco do Brasil divulgou nesta quinta-feira (24), no Diário Oficial da União (DOU), um edital de concurso para a contratação de 2 mil escriturários para a área comercial e outros 240 para a área de tecnologia. As inscrições poderão ser realizadas até o dia 28 de julho de 2021. As provas estão previstas para o dia 26 de setembro de 2021.

“Após pressão do movimento sindical, com total apoio dos funcionários do Banco do Brasil, conquistamos importante vitória com a realização do concurso. Porém, vale ressaltar, que a quantidade de vagas ameniza o problema mas precisamos avançar para garantir melhores condições de trabalho e atendimento à população”, pontua Rodrigo Britto, diretor da Fetec-CUT/CN.

Desde 2016, o banco realiza um processo de desestruturação para se adequar ao mercado, com redução do número de agências e de funcionários. Desde então, o banco fechou 5.161 postos de atendimento e reduziu 17.518 vagas no quadro de funcionários.

Para participar da seleção, é preciso ter certificado de conclusão ou diploma de curso de nível médio e idade mínima de 18 anos completos, até a data da contratação.

Todos os funcionários do banco são contratados como escriturários. O cargo recebe nomes diferentes de acordo com a função exercida. As vagas deste concurso são para o trabalho na rede de agências (agentes comerciais) de todo o país, ou para Agente de Tecnologia, para trabalho em Brasília.

Conquistas dos sindicatos

A remuneração inicial é de R$ 3.022,37, para jornada de 30 horas semanais, ajuda alimentação/refeição de R$ 831,16 por mês e, cumulativamente com o benefício de ajuda alimentação/refeição, o banco concede a cesta alimentação, no valor mensal de R$ 654,87. Estes valores serão corrigidos a partir de setembro, conforme definido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária e no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos funcionários do Banco do Brasil pela inflação acumulada entre setembro de 2020 e agosto de 2021, mais aumento real (acima da inflação) de 0,5%.

Os contratados terão, ainda, outros direitos conquistados pelo movimento sindical, como a possibilidade de ascensão e desenvolvimento profissional; participação nos lucros ou resultados, nos termos da legislação pertinente e acordo sindical vigente; vale-transporte; auxílio-creche; auxílio a filho com deficiência; e previdência complementar.

Plano de saúde

A resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), em seu artigo 11, determina que “os editais de processos seletivos para admissão de empregados das empresas estatais federais não deverão prever o oferecimento de benefícios de assistência à saúde”.

Apesar de não constar no edital, por conta da CGPAR 23, o movimento sindical vai cobrar que todos os contratados tenham assistência à saúde, que está prevista tanto na CCT da categoria, quanto no nosso ACT.

“Além do mais, após a edição da CGPAR 23, houve uma reforma estatutária da Cassi (plano de saúde dos funcionários) e um dos itens da reforma previa a inclusão dos funcionários contratados no plano de saúde. Desta forma, mesmo o governo Bolsonaro não querendo oferecer plano de saúde aos novos funcionários que forem contratados, a reforma estatutária da Cassi prevê a inclusão dos mesmos no plano”, afirma o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Da Redação com Contraf-CUT