Acordo com o Basa garante maior PLR da história aos funcionários

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com assessoria da Comissão Nacional dos Funcionários do Banco da Amazônia (CNFBasa), negociou um acordo com o banco que vai permitir o pagamento da maior parcela de Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) já recebida pelos funcionários na história do banco. O pagamento, efetuado nesta sexta-feira (27), é de R$ 3.500 para cada funcionário. O Basa teve um lucro líquido de R$ 302,6 milhões no 1º semestre de 2021.

Esse adiantamento de PLR é um ato histórico, tanto pelo valor a ser distribuído, quanto por ser o primeiro banco a realizar o pagamento. “Esta importante conquista para os bancários do Banco da Amazônia teve o apoio dos sindicatos, da Fetec-CUT/CN e da Contraf-CUT. A negociação foi positiva e resultou em mais esta vitória para os trabalhadores”, destaca o diretor do Sindicato Paulo Frazão.

Lucro do banco

Nesta semana, o Banco da Amazônia anunciou um lucro líquido de R$ 302,6 milhões no 1º semestre de 2021. Em sua análise, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) observa que este é o melhor resultado do banco para o período, com a expressiva alta de 177,8% em 12 meses, quando o lucro foi de R$ 108,9 milhões.

O resultado foi impactado pelo crescimento do lucro com a intermediação financeira, decorrente das menores despesas com provisões para perdas com devedores duvidosos, e pelo resultado não operacional. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) ficou em 25%, alta de 15,13 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2020.

Tarifas de serviços X despesas de pessoal

As receitas de prestação de serviços somadas às rendas de tarifas bancárias totalizaram R$ 457,5 milhões, com alta de 10,6% em 12 meses. Já as despesas de pessoal caíram 4,3% no período, totalizando R$ 274 milhões. Assim, a cobertura das despesas de pessoal por essas receitas do banco ficou em 166,97%.

Empregos e agências fechadas

O Banco da Amazônia encerrou o 1º semestre de 2021 com 2.865 empregados, tendo sido fechados 31 postos de trabalho, desde janeiro. O banco contava ainda com 254 estagiários e 135 jovens aprendizes, ao final de junho de 2021, com a abertura, respectivamente, de 50 e 30 desses postos desde dezembro de 2020. O número de agências foi reduzido em duas unidades, totalizando 118 agência. Também foi fechado um posto de atendimento avançado e, com isso, o banco segue apenas com um posto avançado em sua rede de atendimento.

Ativos

Os ativos apresentaram alta de 11,9% em 12 meses, totalizando R$ 22,9 bilhões. O total de ativos do Fundo Constitucional do Norte (FNO) é administrado pelo banco e totalizou, ao final de 2020, R$ 35,5 bilhões, com alta de 5,4%, em seis meses (dado de dezembro de 2020). O patrimônio líquido totalizou R$ 2,7 bilhões, com alta de 17,5%.

Carteira
A carteira de crédito total atingiu R$ 34,8 bilhões em junho de 2021, com crescimento de 13% em 12 meses, sendo que 83% da carteira advêm de recursos do FNO (parcela que cresceu 21,4% no período) e 17% de outras fontes. O segmento pessoa física teve alta de 19,7%, totalizando R$ 16,4 bilhões; o segmento pessoa jurídica totalizou R$ 18,4 bilhões, com alta de 7,6% no período. Os créditos voltados ao setor rural somaram R$ 16,8 bilhões com alta de 19,1%, enquanto os voltados ao setor não rural somaram R$ 18 bilhões, com crescimento de 7,7% em relação ao primeiro semestre de 2020.