A vida em primeiro lugar: Funcionários do BB exigem respeito da direção do Banco e dos eleitos da Cassi

Não venham culpá-los pelo “surto” de doenças e “sobrecarga” na Telemedicina

0

A Cassi é um patrimônio das funcionárias e funcionários do Banco do Brasil. Mediante o pronto atendimento na rede (física e credenciada) e, agora, por meio da telemedicina, é possível encontrar tratamento e abreviar as doenças que acometem os trabalhadores e suas famílias.

Portanto, é inadmissível a tentativa da Cassi (Comunicado – 31/12) de responsabilizar os associados pelo aumento da demanda de atendimentos, como se dependesse exclusivamente deles, o cumprimento de todo o protocolo sanitário. Causa indignação não apenas esse ato da Cassi, mas a postura omissa dos diretores eleitos, diante do fato.

É importante lembrar a toda a diretoria da Cassi que a pandemia da Covid-19, associada à gripe (H1N1 e H3N2), é um problema nacional de saúde pública.

Infelizmente, as autoridades no governo federal, presidente Jair Bolsonaro e ministro da Saúde Marcelo Queiroga, defendem dogmática e irresponsavelmente o afrouxamento das medidas sanitárias de contenção e enfrentamento das doenças. Fato que contamina a forma como o Banco do Brasil conduz sua política sanitária interna, agravada pelo alinhamento da direção eleita da Cassi que deveria se posicionar contrária e explicitamente enquanto representante dos funcionários a essa postura assumida pelo BB que expõe a saúde de todos e a vida sobretudo dos grupo de risco.

O que fez a Cassi, enquanto a CONTRAF e os Sindicatos se esforçavam para discutir com o banco os riscos do retorno dos funcionários ao trabalho presencial? Se omitiu, apesar de possuir os dados em tempo real que indicavam o aumento da demanda pelos serviços médicos motivados pelo crescimento dos casos suspeitos das doenças. Como, aliás, é uma prática dominante daqueles que ocupam cargos de direção no atual (des)governo, comprovadamente, negligente e omisso.

Tivera a direção da Cassi de posse das informações promovido recomendações ao Banco e reforçado a linha de defesa do movimento sindical a situação certamente seria outra, resultando, por exemplo, no desenvolvimento de um plano de prevenção: manutenção do trabalho remoto, adicionalmente adoção do semi-presencial, realizações de testagem periódica em massa, e outros protocolos com reforço do distanciamento social e de higienização das mãos e dos locais de trabalho, todas essas, proposições do movimento sindical desde o início da pandemia.

Ninguém planeja adoecer. O crescimento de casos é uma contingência, diante da condição sanitária do país. A postura da Cassi comprometeu as negociações do Sindicato/CONTRAF com o Banco, inclusive neste momento da suspensão dos efeitos da liminar, possibilitando o retorno ao trabalho presencial daqueles mais suscetíveis aos efeitos da COVID. Foi preciso que o sistema de Teleconsulta sofresse um colapso no atendimento para que a Cassi admitisse o “surto” das doenças, e o pior, numa tentativa de responsabilizar os funcionários.

Diante do crescimento dos casos de Covid-19 e de gripe (H1N1 e H3N2) o Sindicato exige e atesta a urgência na mudança de postura até aqui adotada pela Cassi.

Diante do descaso assumido pelo Banco do Brasil, de, não obstante à absurda postura assumida de cassar a qualquer custo as liminares que resguardavam a vida dos colegas do grupo de risco, agora excluir unilateral e irresponsavelmente do manual de trabalho presencial os protocolos com procedimentos a serem adotados nas equipes nos casos suspeitos ou confirmados para COVID 19, a Cassi precisa explicitar e formalizar a responsabilização do BB diante das informações de aumento da procura por atendimento por suspeita de COVID e H3N2 prescrevendo medidas preventivas urgentes e necessárias para garantir a saúde e a integridade física dos funcionários e funcionárias no BB, extensivo a suas famílias.

Para o Sindicato, é fundamental a continuidade do trabalho remoto; o acionamento do acordo de teletrabalho; o controle de acesso às agências , sem afrouxamento dos protocolos, com realizações de testagem em massa dos funcionários e exigindo o passaporte vacinal para todos aqueles que adentrem os ambientes físicos do Banco.

Sindicato dos Bancários do Distrito Federal
Brasília, 6 de janeiro de 2022