Na tarde desta quarta-feira (28), ocorreu na Câmara dos Deputados a audiência pelo Fim do Genocídio em Gaza, organizada pelo mandato do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). O debate abordou o extermínio que tem vitimado milhares de pessoas, majoritariamente crianças e mulheres.

O Sindicato dos Bancários, assim como inúmeras entidades sindicais, movimentos sociais e de solidariedade ao povo palestino — junto à Embaixada da Palestina no Brasil — participou da audiência para analisar a situação, que se torna cada vez mais inaceitável pelos requintes de perversidade. Nem alimentos nem água têm sido permitidos à população que resiste em seu território contra o invasor. O que ocorre não é uma guerra entre dois exércitos, mas um massacre: um exército detentor de armas poderosas, com apoio dos EUA e de outros países ricos da Europa, ataca uma população completamente indefesa.

Para o deputado Boulos, “o Sindicato dos Bancários tem sido parceiro de todas as lutas”. “Aconteceram atos em todo o Brasil em apoio aos palestinos, em Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais das capitais, e era preciso realizar este evento na Câmara dos Deputados”, destacou. Segundo ele, “o ato foi muito representativo, reunindo todos os grupos que defendem o direito do povo palestino ao seu território, inclusive judeus contrários ao genocídio na Faixa de Gaza”.

Boulos também mencionou as dificuldades enfrentadas para a realização da audiência — desde a liberação do local até a não transmissão pela TV Câmara. “Não foi transmitido pelo YouTube da Câmara, como ocorre com qualquer audiência”, denunciou o parlamentar.

“O Sindicato dos Bancários e todas as entidades têm a tarefa de dialogar com a sociedade sobre esse massacre, essa limpeza étnica. Vamos convocar atos unificados nas ruas em defesa do povo palestino”, concluiu Boulos.

A ocupação da Palestina começou em maio de 1948, quando as Nações Unidas aprovaram a criação de Israel em terras palestinas. Há 76 anos, o povo palestino enfrenta ataques desde a Nakba (“tragédia”), ocorrida naquele ano, quando centenas de cidades foram destruídas e a população foi expulsa de suas casas — derrubadas por tratores — enquanto invasores ocupavam o território.

Pedro César Batista
Colaboração para o Sindicato