Milhares de mulheres ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nesta terça-feira (30), em uma grande caminhada por direitos e democracia, organizada no contexto da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. O evento marca a retomada de um espaço democrático que ficou praticamente dez anos paralisado, em meio a governos que retiraram direitos e atacaram conquistas históricas das mulheres.

Com faixas, cartazes e palavras de ordem, a caminhada reuniu trabalhadoras, indígenas, mulheres do campo e da cidade, representando a diversidade e a força do movimento feminino brasileiro. Entre as principais pautas defendidas durante o percurso, estiveram a redução da jornada de trabalho sem corte de salários, o fim da escala 6x1, a igualdade salarial, a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil e a luta contra a violência de gênero e o feminicídio.

Para Amanda Corcino, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, a marcha foi um momento de pressão direta sobre o Congresso Nacional:

“Essa caminhada permite que nossas demandas cheguem à agenda do Congresso. Mulheres de todas as regiões estão aqui, trazendo suas realidades, mostrando que não aceitamos retrocessos nem direitos a menos”.

Thaísa Magalhães, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF, reforçou a importância política do ato:

“Depois de anos de retrocessos, essa mobilização mostra que as mulheres seguem ativas, exigindo respeito e participação nas decisões que afetam nossas vidas”.

Durante todo o trajeto, as manifestantes reforçaram que o Brasil é das brasileiras, ocupando espaços públicos e lembrando que a luta por democracia, igualdade e direitos efetivos não se restringe à conferência: ela continua nas ruas e nas ruas do poder.

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Fonte: CUT-DF