O Dia Internacional contra a Discriminação Racial, celebrado em 21 de março, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória ao Massacre de Sharpeville, ocorrido em 1960 na África do Sul. Naquele dia, 69 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas durante um protesto pacífico contra as leis do apartheid, que segregavam a população negra. A data simboliza a luta global contra o racismo e a promoção da igualdade racial, temas que continuam urgentes e relevantes em 2025.

Vídeos sobre o assunto:

> O Massacre de Sharpeville foi um ponto de virada no movimento anti-apartheid

A importância da data na sociedade

A discriminação racial é uma realidade persistente em diversas partes do mundo, manifestando-se em formas estruturais, institucionais e interpessoais. Ela limita oportunidades, perpetua desigualdades e viola direitos humanos fundamentais. O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial serve como um momento de reflexão, conscientização e ação para combater o racismo e promover a inclusão.

A data reforça a necessidade de políticas públicas e iniciativas privadas que garantam equidade racial, como cotas em universidades e empregos, programas de combate ao preconceito e campanhas de educação antirracista. Além disso, é uma oportunidade para celebrar a diversidade cultural e reconhecer as contribuições para a construção das sociedades.

A luta contra a discriminação racial no setor bancário

Os bancos, como instituições centrais na economia e na vida das pessoas, têm um papel crucial na promoção da equidade racial. Infelizmente, o setor financeiro historicamente reproduziu desigualdades, seja por meio da negação de crédito a pessoas negras e periféricas, seja pela sub-representação desses grupos em cargos de liderança.

Nesse contexto o movimento sindical bancário tem lutado constantemente para a completa eliminação do racismo dentro das instituições financeiras, em todas as suas esferas, avançando em acordos coletivos, e na CCT da categoria bancária.

Desafios e perspectivas

Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito. Dados recentes mostram que pessoas negras continuam enfrentando barreiras no acesso a crédito, emprego e oportunidades no setor financeiro. A discriminação racial, muitas vezes velada, persiste em processos seletivos, avaliações de crédito e no atendimento ao cliente.

Neste Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, é essencial que bancos e outras instituições financeiras reafirmem seu compromisso com a equidade racial. Isso inclui não apenas ações pontuais, mas a construção de uma cultura organizacional antirracista, que reconheça e valorize a diversidade.

O 21 de março é mais do que uma data simbólica; é um chamado à ação. Combater a discriminação racial é um dever de todos – governos, empresas e sociedade civil. No setor bancário, a luta por equidade passa por políticas inclusivas, representatividade e o reconhecimento de que a diversidade é um valor fundamental para o desenvolvimento econômico e social. Que este dia inspire mudanças concretas e duradouras, rumo a um mundo mais justo e igualitário.

Da Redação