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6 de Outubro de 2025 às 08:46

Apesar dos prêmios, superação do racismo no cinema brasileiro depende do engajamento popular, diz pesquisadora

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Costa destaca que o cinema, enquanto expressão da cultura de um povo, reproduz as contradições do país, mas também possui potencial para ampliar o pensamento crítico - Pablo Bernardo

Que o cinema brasileiro vive um momento ímpar de ascensão, como sucessivas indicações a prêmios e reconhecimento internacional, está cada vez mais nítido. Mas as imagens, as narrativas e os processos que estão por trás dessas produções refletem a diversidade do país?

Dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine) indicam que, entre os longa-metragem financiados com dinheiro público e com orçamento acima de R$ 5 milhões, aproximadamente 94%  dos roteiros são feitos por pessoas brancas. Quem chama a atenção para esse dado é Tatiana Costa, professora, pesquisadora curadora em cinema e audiovisual e presidenta da  Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan).

“Historicamente, o cinema brasileiro é identitário, porque ele é branco, cisgênero, sudestino, masculino. O Brasil é o país mais negro fora da África, mas projeta como imagem internacionalmente a brancura. Enquanto profissionais do cinema, celebramos que o cinema brasileiro esteja sendo premiado, indicado a tantas premiações, circulando internacionalmente. Isso abre caminhos. Mas é inevitável lamentar essa ambiguidade”, avalia, em entrevista ao Conversa Bem Viver.

Recentemente, a Apan provocou esse debate em uma audiência pública na Câmara Federal, convocada pela deputada Taliria Petrone (Psol-RJ), chamando a atenção para a necessidade do envolvimento do poder público no enfrentamento à dinâmica excludente do setor. 

Costa destaca que o cinema, enquanto expressão da cultura de um povo, reproduz as contradições do país, mas também possui potencial para ampliar o pensamento crítico e ajudar a superar a atual ordem das coisas. Mas, para ela, esse processo não acontece de forma espontânea e exige, entre outras coisas, o engajamento da sociedade. 

“O cinema reverbera e amplifica o que a sociedade é. O Brasil é uma sociedade racista, portanto, o cinema brasileiro é excludente. Se o país quer superar esse racismo, as imagens devem estar a serviço disso, dessa superação. O cinema sozinho não dá conta de nada, se não houver um engajamento maior. O cinema é uma ferramenta muito poderosa de expressão de um povo, mas não resolve sozinho”, explica. 

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato – Podemos dizer que o cinema brasileiro vive um momento ímpar?

Tatiana Costa – Eu acho que faz muito sentido dizer que há um momento ímpar no cinema brasileiro, porque ele se conecta com uma curva ascendente, em relação aos anos da destruição. Essa palavra retomada já foi usada para dizer de um outro momento do cinema brasileiro de reconstrução, de trajetória vigorosa da produção e do encontro dessa produção com o público. 

Então, estamos vivendo um momento desse, que ressona uma ideia de retomada, pensando em uma questão mais geral do que compreendemos até aqui como cinema brasileiro. Mas, como dizemos na Apan, cinema negro também é cinema brasileiro. E esse vigor ainda não se faz presente na pluralidade das formas de expressão e possibilidades de presença com as imagens.

Vivemos um ponto de inflexão no cinema brasileiro, porque colhemos hoje, nos últimos anos, o resultado de um conjunto de políticas públicas mais amplas, na área da educação e na área da cultura, que colocou várias pessoas negras em lugares de pertencimento e possibilidade de desejo de estar no cinema. Historicamente, o cinema brasileiro é identitário, porque ele é branco, cisgênero, sudestino, masculino.

Não somos nós quem estamos falando isso a partir do nosso lugar de ativista. Até poderia ser, não estou deslegitimando esse lugar. Mas temos dados da própria Agência Nacional do Cinema que demonstram isso. Por exemplo, de 1984 a 2016, por exemplo, nenhuma mulher negra tinha dirigido um filme de longa-metragem, de ficção, que circulou em circuito comercial. Em média, recebendo financiamento público e com circulação comercial, menos de 5% dos filmes brasileiros são realizados por pessoas negras, homens ou mulheres.

Então, vemos no cinema uma brutal desigualdade em relação à quantidade e à pluralidade das pessoas. O Brasil é o país mais negro fora da África, mas projeta como imagem internacionalmente a brancura. É importante olhar isso, porque é uma uma condição muito ambígua.

Enquanto profissionais do cinema, celebramos que o cinema brasileiro esteja sendo premiado, indicado a tantas premiações, circulando internacionalmente. Isso é importante, abre caminhos e chama atenção para o cinema brasileiro.

Mas é inevitável lamentar essa ambiguidade. Há todo esse vigor do cinema brasileiro, que a população celebra, que se conecta com uma ideia inclusive de soberania e de uma dimensão política mais ampla, entendendo a política das imagens e o papel desse soft power. Mas, infelizmente, não é a imagem do Brasil como o país mais negro fora da África que está sendo projetada internacionalmente e nem celebrada internamente. 

Então, é bastante ambíguo, e é óbvio que, no nosso caso e no meu caso especificamente, enquanto pesquisadora disso, ainda temos muito chão para caminhar.

Vocês participaram de uma audiência na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados abordando essas problemáticas. Como foi esse debate? Há recepção dos nossos legisladores para refletir sobre o tema?

Ficamos super felizes com o convite da deputada Taliria Petrone e a gente foi super bem acolhida pela comissão de cultura. Foi incrível a maneira como as coisas foram conduzidas, no sentido de apontar soluções para o problema. A audiência pública foi para discutir a ampliação das ações afirmativas.

Vivemos um momento de maior presença de pessoas negras no cinema e no audiovisual. E o audiovisual é brutalmente excludente. Por isso, é importante levar essa discussão para o legislativo e pautar como política de Estado e não como política de governo.

O cinema brasileiro, apesar de boa parte dele se ver como indústria, depende imensamente do poder público, sobretudo do fomento. O principal mecanismo de fomento é o Fundo Setorial Audiovisual.

Em levantamentos recentes da Agência Nacional do Cinema (Ancine), temos, por exemplo, filmes em longa-metragem financiados com dinheiro público e com orçamento acima de R$ 5 milhões. Aproximadamente 94%  dos roteiros são feitos por pessoas brancas e 92% da direção é de pessoas brancas. Isso é com dinheiro público.

Então, a política pública, se não tiver uma intervenção concreta, por inércia, vai reproduzir a exclusão. Vai ser uma política de exclusão operacionalizada com o dinheiro público. Por isso, é importante o envolvimento de gestores públicos e de parlamentares nessa discussão, porque isso é antidemocrático, é contra a essência do que esse país é.

Essa discussão ter parado na Câmara dos Deputados foi um grande avanço. E principalmente porque a gente levou para lá um conceito que tem sido defendido por nós e que foi desenvolvido pela primeira presidente da Apan, Viviane Ferreira, no seu mestrado na UNB. Estou falando do conceito de empresas vocacionadas para reparação histórica. Defendemos a ampliação das ações afirmativas para além das pessoas físicas.

Acabei de falar sobre os dados de direção e roteiro, por exemplo, que são posições importantíssimas na construção das narrativas audiovisuais. É muito importante que a gente tenha pessoas físicas, negras, construindo histórias e fazendo as histórias avançarem. Mas tem ocorrido, pelo que a gente tem visto na aplicação das ações afirmativas para pessoas físicas, uma certa distorção, que tem a ver com algo que é da nossa cultura escravagista, de um país que não se resolveu ainda com o seu passado colonial escravocrata. 

A nossa imagem vende. A nossa força de trabalho vende. Nossas narrativas vendem e as pessoas brancas seguem lucrando com isso. Não são as pessoas negras majoritariamente que estão lucrando com essas narrativas. 

O ecossistema dessa governança audiovisual e desse fomento diz respeito também às  empresas. O ativo dessa indústria, pensando do ponto de vista comercial, é o direito patrimonial. Então, temos que dar conta de jogar esse jogo em pé de igualdade, com oportunidades iguais.

É preciso uma política de Estado para mudar esse jogo, que é brutalmente desigual. Por isso, defendemos que o CNPJ tenha cor. De novo, é super importante e a gente se sente muito honrada e feliz por esse debate ter sido acolhido pela Câmara dos Deputados nesse momento. Claro que a gente, por um lado, celebramos que essa discussão tenha chegado até lá. Mas entendemos que o problema segue. 

Estamos diante do congresso mais conservador da história recente do Brasil e que se recusa a reconhecer essa brutal desigualdade.  Estou falando sobre a maioria, porque até deputados que são da direita ou do centro, como do União Brasil, já estão sensíveis a essa questão. 

Você acredita que o cinema tem o poder de sensibilizar mais as pessoas, inclusive as conservadoras?

O cinema reverbera e amplifica o que a sociedade é. O Brasil é uma sociedade racista, portanto, o cinema brasileiro é excludente. Se o país quer superar esse racismo, as imagens devem estar a serviço disso, dessa superação. O cinema sozinho não dá conta de nada, se não houver um engajamento maior. O cinema é uma ferramenta muito poderosa de expressão de um povo, mas não resolve sozinho. 

Não é pessimismo, mas há uma situação complexa. Por um lado, a gente tem filmes brasileiros que dão conta de retomar um certo orgulho pela própria cultura. Isso é fundamental, porque a gente vive um momento de orgulho da nossa cultura. 

Mas vivemos em um país racista. Então, o orgulho que se tem da nossa cultura é de um conjunto de imagens que estão sendo exportadas enquanto imagens do Brasil que não dizem da multiplicidade desse país. Há um paradoxo. 

Então, eu acho que sim, o cinema é esse lugar possível de a gente se ver e se imaginar. Mas o cinema sozinho, se a sociedade não estiver engajada nas mudanças, não vai mudar nada.

Eu trago um para a conversa uma anedota. Pela Apan, estamos conversando muito internacionalmente e também, depois de 2023, com a política externa do governo Lula (PT) para o Sul Global, participamos de algumas missões, não necessariamente governamentais, para a difusão do cinema brasileiro em países africanos.

Participamos, tanto em 2023 quanto em 2025, do Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou (Fespaco), que é um dos maiores e mais tradicionais festivais de cinema do continente africano em perspectiva africanista. O festival tem 50 anos, reúne 30 países e é incrível. 

Isso foi em Burkina Faso, um país em conflito, com questões geopolíticas relacionadas à quase uma guerra civil, mas que tem também uma reivindicação de rompimento dos laços coloniais que a França ainda insiste em ter.

Em 2023, havia quase um estado de sítio ali, estava muito difícil a situação, com terroristas invadindo aldeias, população migrando para cidades, quase um colapso social. E, ainda assim, o governo de Burkina Faso fez o Fespaco. É um festival estatal. Para você ter uma ideia da dimensão, a abertura do festival, antes desses conflitos civis e militares, era em um estádio de futebol para 27 mil pessoas, como uma abertura de Olimpíadas. 

Obviamente, por questões de segurança, essa abertura diminuiu de tamanho. Mas meu ponto é o seguinte: é um festival feito pelo Estado. Em 2023, estava uma situação terrível e um jornalista perguntou para o ministro da cultura de Burkina Faso: “por que, nesse cenário terrível, com as pessoas passando fome, o governo está investindo em um festival de cinema?”.

O ministro respondeu uma coisa muito importante para entendermos a dimensão do cinema para um povo: “um povo que não investe na cultura já é um povo derrotado. Em uma situação terrível como essa, precisamos das imagens para nos imaginarmos em outro lugar,  em uma situação melhor. O cinema nos ajuda a nutrir a nossa força de luta e resistência”.

É esse diálogo que o cinema precisa estabelecer ainda com a sociedade. É óbvio que essa presença das imagens negras na sociedade nutrem nossa autoestima, nos ajuda a entender melhor o país, nos ajuda a entender melhor a nossa história e a nós mesmos. Mas, só com cineastas aguerridos fazendo os filmes, sem o engajamento da sociedade e do poder público, a coisa não avança.

Você teria filmes brasileiros contemporâneos para indicar?

Eu quero citar os três filmes que eu citei também na audiência pública, porque eu acho que eles têm tudo a ver com essa discussão. São três longas produzidos no contexto do primeiro edital de ação afirmativa lançado pelo Ministério da Cultura e que tiveram projeção nacional e internacional.

O primeiro é Cabeça de Nêgo, dirigido por Déo Cardoso, um realizador cearense que teve uma circulação maravilhosa nas escolas, um circuito alternativo, com inovação do método de distribuição. O segundo é Um Dia com Jerusa, dirigido pela baiana Viviane Ferreira e que tem Dona Léa Garcia.

Dona Léa Garcia, no auge dos seus 60 anos de carreira, disse que foi o primeiro filme que ela participou de um set de filmagem em que havia pessoas como ela em vários lugares. Um set de filmagem composto por mulheres negras.

E o terceiro filme é Marte Um, de Gabriel Martins, que foi, em 2023, a seleção da Academia Brasileira de Cinema para representar o país no Oscar, e que teve um impacto extraordinário no seu território, que é Contagem, em Minas Gerais. Contagem hoje tem uma mostra de audiovisual escolar e eu fui júri de uma das edições e ouvi um menino de 8 ou 9 anos falando que quer ser igual ao Gabriel Martins. 

O menino da escola me mostrou que não é só olhar para o cinema. É saber que o cinema é feito por alguém como ele. Isso é bonito demais. Então, sugiro esses três filmes, que estão em plataformas de streaming, mas já passaram pelo cinema. E um filme mais recente, fiquem de olho, é Cais, da Safira Moreira. 

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS); Rádio Cantareira (SP); Rádio Keraz; Web Rádio Studio F; Rádio Seguros MA; Rádio Iguaçu FM; Rádio Unidade Digital ; Rádio Cidade Classic HIts; Playlisten; Rádio Cidade; Web Rádio Apocalipse; Rádio; Alternativa Sul FM; Alberto dos Anjos; Rádio Voz da Cidade; Rádio Nativa FM; Rádio News 77; Web Rádio Líder Baixio; Rádio Super Nova; Rádio Ribeirinha Libertadora; Uruguaiana FM; Serra Azul FM; Folha 390; Rádio Chapada FM; Rbn; Web Rádio Mombassom; Fogão 24 Horas; Web Rádio Brisa; Rádio Palermo; Rádio Web Estação Mirim; Rádio Líder; Nova Geração; Ana Terra FM; Rádio Metropolitana de Piracicaba; Rádio Alternativa FM; Rádio Web Torres Cidade; Objetiva Cast; DMnews Web Rádio; Criativa Web Rádio; Rádio Notícias; Topmix Digital MS; Rádio Oriental Sul; Mogiana Web; Rádio Atalaia FM Rio; Rádio Vila Mix; Web Rádio Palmeira; Web Rádio Travessia; Rádio Millennium; Rádio EsportesNet; Rádio Altura FM; Web Rádio Cidade; Rádio Viva a Vida; Rádio Regional Vale FM; Rádio Gerasom; Coruja Web; Vale do Tempo; Servo do Rei; Rádio Best Sound; Rádio Lagoa Azul; Rádio Show Livre; Web Rádio Sintonizando os Corações; Rádio Campos Belos; Rádio Mundial; Clic Rádio Porto Alegre; Web Rádio Rosana; Rádio Cidade Light; União FM; Rádio Araras FM; Rádios Educadora e Transamérica; Rádio Jerônimo; Web Rádio Imaculado Coração; Rede Líder Web; Rádio Club; Rede dos Trabalhadores; Angelu’Song; Web Rádio Nacional; Rádio SINTSEPANSA; Luz News; Montanha Rádio; Rede Vida Brasil; Rádio Broto FM; Rádio Campestre; Rádio Profética Gospel; Chip i7 FM; Rádio Breganejo; Rádio Web Live; Ldnews; Rádio Clube Campos Novos; Rádio Terra Viva; Rádio interativa; Cristofm.net; Rádio Master Net; Rádio Barreto Web; Radio RockChat; Rádio Happiness; Mex FM; Voadeira Rádio Web; Lully FM; Web Rádionin; Rádio Interação; Web Rádio Engeforest; Web Rádio Pentecoste; Web Rádio Liverock; Web Rádio Fatos; Rádio Augusto Barbosa Online; Super FM; Rádio Interação Arcoverde; Rádio; Independência Recife; Rádio Cidadania FM; Web Rádio 102; Web Rádio Fonte da Vida; Rádio Web Studio P; São José Web Rádio – Prados (MG); Webrádio Cultura de Santa Maria; Web Rádio Universo Livre; Rádio Villa; Rádio Farol FM; Viva FM; Rádio Interativa de Jequitinhonha; Estilo – WebRádio; Rede Nova Sat FM; Rádio Comunitária Impacto 87,9FM; Web Rádio DNA Brasil; Nova onda FM; Cabn; Leal FM; Rádio Itapetininga; Rádio Vidas; Primeflashits; Rádio Deus Vivo; Rádio Cuieiras FM; Rádio Comunitária Tupancy; Sete News; Moreno Rádio Web; Rádio Web Esperança; Vila Boa FM; Novataweb; Rural FM Web; Bela Vista Web; Rádio Senzala; Rádio Pagu; Rádio Santidade; M’ysa; Criativa FM de Capitólio; Rádio Nordeste da Bahia; Rádio Central; Rádio VHV; Cultura1 Web Rádio; Rádio da Rua; Web Music; Piedade FM; Rádio 94 FM Itararé; Rádio Luna Rio; Mar Azul FM; Rádio Web Piauí; Savic; Web Rádio Link; EG Link; Web Rádio Brasil Sertaneja; Web Rádio Sindviarios/CUT.

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Fonte: Brasil de Fato

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